AGIF assinala Dia das Florestas com apelo à valorização e gestão sustentável para um Portugal protegido
“O perigo existe e cabe a todos agir até ao verão, limpando os terrenos, cuidando da terra e da floresta, realizando as queimas de forma correta, cadastrando os terrenos, protegendo as aldeias e alertando para comportamentos de risco”. Estes são alguns dos alertas partilhados, num comunicado, pela AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais) para assinalar o Dia Internacional das Florestas, que se comemora esta segunda-feira, dia 21 de março.
No âmbito deste dia, a AGIF chama a ainda atenção para campanha nacional “Portugal Chama”, o projeto “Raposa Chama” e os cuidados a ter para um Portugal protegido de incêndios rurais graves.
A Campanha Nacional “Portugal Chama” é acima de tudo um “apelo à ação”, que lança um desafio a cada um dos portugueses para que se mobilizem e contribuam para um país mais seguro. Com a chancela da República Portuguesa, integra a participação de todas as áreas governativas e serviços tutelados envolvidos na prevenção e supressão aos incêndios rurais. É promovida através da televisão, rádio, imprensa e digital, e todas as informações estão disponíveis no site dedicado – www.portugalchama.pt – ou através da Linha SOS Ambiente e Território: 808 200 520.
Com o projeto “Raposa Chama”, iniciativa criada no âmbito da campanha “Portugal Chama”, também com a chancela da República Portuguesa e com a colaboração do Ministério da Educação, a AGIF promove a importância de educar os mais novos – crianças entre os 5 e os 12 anos – para comportamentos de risco, ao mesmo tempo que estimula a sua criatividade através da componente artística. Ao longo de 2021 o projeto promoveu diversas ações, com especial proximidade junto da comunidade escolar, através do lançamento do site oficial, do videoclipe com o Hino da Banda da Floresta – “Com o fogo não se brinca”, conteúdos para os professores trabalharem nas salas de aula com os seus alunos, suplemento “Raposa Chama” na edição de julho da Revista Visão Júnior que chegou a várias crianças e Bibliotecas Escolares do país.
Em 2022, o projeto quer chegar cada vez mais longe tendo sido estabelecido um “protocolo” com o Município de Odivelas para realização de Ações de Sensibilização nas escolas do concelho para alunos do 4.º ano, estando garantida a presença das mascotes em vários eventos e iniciativas municipais, a realização de peças de teatros infantis ou a formação para os professores, lê-se no mesmo comunicado.
Em março deste ano foi lançado o primeiro concurso “Com o fogo não se brinca”, que promove nas redes sociais a realização de pequenos vídeos com novas coreografias para o Hino, ou novas músicas e letras para a Banda da Floresta, grupo constituído por quatro personagens muito divertidas e irreverentes que usam o rap para passar a sua mensagem. A fase de candidaturas para o concurso termina no dia 31 de maio, seguindo-se a fase de votação, de 6 de junho a 30 de setembro. A seleção dos premiados acontecerá em outubro, e finalmente o anúncio dos vencedores com mais gostos na sua publicação na página de Facebook “Raposa Chama”, está prevista para o dia 8 de outubro. O objetivo nacional é chegar a todos os cidadãos com uma forte campanha, não só através das entidades e serviços públicos, mas também com o apoio das empresas, agentes económicos e sociais, que têm também uma palavra a dizer e um gesto a fazer através da sua comunicação.
Já a campanha “Portugal Chama” alerta e informa sobre os cuidados a tomar quando se está nas florestas, os períodos críticos em que se deve evitar fazer uso do fogo, não lançar foguetes e, caso se esteja a trabalhar, por questões de segurança transportar sempre um telemóvel e extintor. Avisa também sobre a importância e as recomendações a seguir na limpeza dos terrenos, à volta das aldeias, parques de campismo, parques industriais e habitações, os procedimentos e obrigações exigidas para quando se realizam queimas e queimadas e até o que fazer para se garantir umas férias em segurança.
De acordo com a AGIF, ao longo dos últimos anos foram reforçados os meios utilizados pela campanha, o que resultou num crescimento, para mais do dobro, de pedidos de esclarecimento telefónicos e através das plataformas digitais.
As entidades públicas responsáveis pela campanha são as mesmas que estão envolvidas na prevenção e supressão aos incêndios rurais: o Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Guarda Nacional Republicana (GNR), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), entre outras.
“Nunca é demais relembrar, num dia como o de hoje, que proteger, valorizar e gerir de forma sustentável o nosso território e as nossas florestas é assegurar o futuro das próximas gerações para que estas possam continuar a beneficiar dos múltiplos serviços e produtos que a terra nos proporciona”, apela a AGIF.