A AEPSA – Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente acaba de subscrever a declaração da Circular Plastics Alliance (CPA), apoiada pela Comissão Europeia, e assume o compromisso de estimular os seus associados a atingirem um aumento significativo de reciclagem de plástico pata transformação em novos produtos, até 2025.
A AEPSA aliou-se a várias dezenas entidades públicas e privadas envolvidas na cadeia de valor do plástico que integram a Circular Plastics Alliance,- uma plataforma de alto nível e com várias partes interessadas, que cobrem toda a cadeia de valor do plástico – apoiada pela Comissão Europeia, no âmbito da estratégia europeia para o plástico, para impulsionar a utilização voluntária de maiores níveis de plástico reciclado, na Europa, que, em 2016, não ultrapassava quatro milhões de toneladas.
A Circular Plastics Alliance assume a meta ambiciosa de promover até 2025 a reciclagem e reutilização de 10 milhões de toneladas de plástico, por ano, na Europa, para fomentar uma nova abordagem ao ciclo de vida dos produtos, no contexto da economia circular. Repensar e melhorar o funcionamento de uma cadeia de valor tão complexa requer esforços e uma maior cooperação entre os seus principais intervenientes, dos produtores às empresas de reciclagem, aos retalhistas e aos consumidores.
As prioridades de trabalho da CPA passam por cinco pontos principais: recolha e triagem de resíduos plásticos, design de produto para reciclagem, integração de plástico reciclado em produtos, investigação, desenvolvimento e investimento- incluindo reciclagem química – e monitorização do plástico reciclado comercializado na União Europeia.
Os subscritores da CPA comprometem-se a trabalhar em conjunto para maximizar o potencial dos plásticos reciclados na economia circular e promover um sólido crescimento do mercado europeu de produtos de plástico reciclado, através de políticas e medidas que agilizem o fluxo de resíduos de plástico para reciclagem e produtos reciclados, no espaço europeu.
Eduardo Marques, presidente da direção da AEPSA, considera que ” a transição para uma nova economia dos plásticos, mais circular e eficiente no uso de recursos, implica trabalhar em conjunto, para se criar um novo sistema industrial global circular de plásticos. Os europeus geram, anualmente, 25 milhões de toneladas de resíduos de plástico, das quais menos de 30 % são recolhidas para reciclagem. Os plásticos constituem 85 % do lixo encontrado nas praias de todo o mundo e, em 2050, existirá, em peso, mais plástico do que peixes, no oceano. Não podemos continuar neste modelo. A reciclagem e reutilização do plástico têm um enorme potencial de valorização económica, enquanto contribuem para a minimização do impacto ambiental deste produto”.
Eduardo Marques acrescenta: “A AEPSA segue uma visão clara de uma economia circular para o plástico e está alinhada com as orientações da Circular Plastics Alliance, dado que os princípios e objetivos desta aliança são comuns ao posicionamento e à estratégia dos nossos associados, sobretudo no setor dos resíduos. Esta é uma tarefa desafiadora, mas que pode gerar grandes benefícios para a sociedade, oportunidades de investimento e de inovação, maior competitividade e emprego qualificado. Estou certo de que esta aliança protegerá o ambiente da poluição pelo plástico, fomentando o crescimento e a inovação, e transformando um desafio numa agenda positiva para o futuro da Europa. As empresas associadas da AEPSA entendem que esta é uma oportunidade de inovarem e de se tornarem pioneiras, a nível global, em novas tecnologias e materiais, em consonância com a lógica da economia circular e com o ambicioso Green Deal europeu defendido pela nova presidente da Comissão Europeia”.