“O BEI (Banco Europeu de Investimento) tem sido o elemento fundamental na alavanca extraordinária do ponto de vista do setor [da água], em particular através do grupo Águas de Portugal (AdP)”, disse recentemente o presidente executivo da AdP, Cláudio Jesus. O responsável falava na sessão de abertura da conferência “Acqualive – Futuro da Água Inteligente e Sustentável” do Portugal Smart Cities Summit by Green Business Week, de 11 a 13 de abril.
Em 2017, um empréstimo do BEI rendeu ao grupo AdP um total de 420 milhões de euros, destinados a financiar a última fase de investimentos na melhoria da qualidade, eficiência e sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e tratamento de águas residuais em Portugal. Este montante, entregue em duas tranches de 220 milhões de euros, é assegurado em 48% pelo BEI e 13% por fundos comunitários.
As intervenções coordenadas pelas Águas de Portugal visam, entre outras, a construção de novas Estações de Tratamento de Águas Residuais “que estavam por fazer no nosso país”, explica Cláudio Jesus. Este programa vai também permitir o investimento nas redes de erosão, redes distribuição e redes coletoras de águas residuais.
Para o membro do Conselho de Administração da AdP, a atribuição deste apoio pelo BEI deve-se “unicamente pela capacidade financeira do grupo”, que Cláudio Jesus diz estar “numa fase de alguma maturidade”. Segundo o responsável, esta margem de manobra é importante para que o grupo se possa “começar a dedicar a atividades complementares”, numa altura em que “os desafios são múltiplos na gestão de redes”.
Cláudio Jesus aproveitou ainda a ocasião para frisar “o salto transformacional que demos em 25 anos” no setor da água e do saneamento em Portugal. “Não tem paralelo em mais país algum”, conclui.