Adoção de modelo híbrido permite reduzir a pegada carbónica da Zurich
A ambição é tornarem-se numa das empresas ambientalmente mais responsáveis e com maior impacto no mundo. Para tal, a Zurich está altamente comprometida com a redução da pegada carbónica, em apoiar os colaboradores, parceiros de negócio e clientes a adotar comportamentos mais sustentáveis, a proporcionar bem-estar aos colaboradores e a dar suporte a diferentes comunidades em todo o mundo para que se tornem mais resilientes às catástrofes naturais e ao clima extremo. Quem o diz é Carlos Fonseca, Chief Operating Officer (COO) da Zurich em Portugal, destacando que o objetivo é, até 2030, assegurarem operações livres de emissões. Para tal, estão em marcha uma série de medidas para que, já em 2025, consigam reduzir as emissões de carbono em mais de 40 mil toneladas por ano até 2025.
Entre as várias medidas, Carlos Fonseca destaca a “redução em 70% das emissões associadas a viagens aéreas”, comparativamente com os níveis registados no período pré-pandemia, a “aquisição apenas de veículos elétricos ou híbridos” com o objetivo de eliminar as viaturas com utilização exclusiva de motor de combustão interna até 2025, ou a “implementação de um programa de construção e renovação sustentável em mais de 50 escritórios de todo o mundo”, que inclui a reabilitação da sede em Lisboa. Ao nível da “documentação partilhada com os clientes” o objetivo é torna-la “totalmente digital até 2025”, mantendo a possibilidade de documentação em papel e, ainda, transformar, até ao final do ano, as cantinas e restaurantes das instalações do Grupo Zurich em locais saudáveis: “Passarão a servir refeições saudáveis, com alimentos de origem sazonal e regional, e a adotar programas de gestão de resíduos que combatam o desperdício alimentar”, indica.
No que ao carbono diz respeito, o Grupo Zurich assinou, ainda, acordos de remoção de carbono com vários fornecedores de soluções baseadas na natureza (nature-based solutions), com vista a acelerar a indústria de remoção de carbono: “Efetuámos pagamentos antecipados que ajudarão estes fornecedores a desenvolver, escalar e comercializar as primeiras fases das suas tecnologias inovadoras”. Também, têm a decorrer um “projeto de captura de carbono e restauro de biodiversidade e ecossistemas” que pretende apoiar a regulação do clima global e que se chama Floresta Zurich: “Até 2028, vamos plantar um milhão de árvores em 700 hectares da Mata Atlântica, em Minas Gerais, no Brasil”.
Em Portugal, a Zurich está empenhada em “melhorar a capacidade de resiliência climática das empresas e das comunidades”, começando por um “conhecimento profundo dos riscos”, isto é, a “análise de risco catastrófico e climático mais prováveis de cada região”, para, depois, “criar soluções específicas” que respondam a estes riscos: “Temos uma equipa dedicada a esta área denominada Engenharia de Risco”. Do ponto de vista de negócio e na senda da promoção de estilos de vida sustentáveis, Carlos Fonseca destaca o lançamento, em 2018, do “Zurich Veículos Elétricos”: “Um seguro pioneiro para estar lado a lado com os clientes que preferem esta opção de mobilidade”. Em parceria com o Banco CTT lançaram, em 2021, o “Banco CTT Investimento Sustentável”: “Um seguro de vida de investimento pioneiro em Portugal em que a carteira de ativos é composta por fundos de empresas com critérios de sustentabilidade que vão de encontro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas”.
No que concerne às operações, a seguradora tem aposta no desenvolvimento de plataforma digitais, como o Zurich4You e o MyZurich, que permitem uma “gestão de seguros, por parte dos nossos clientes e mediadores, mais ágil, rápida, intuitiva e personalizada e com impacto quase nulo no ambiente”. Aliás, ao nível de operações, “98% são realizadas através de energia proveniente de fontes renováveis”, sustenta.
O “modelo trabalho híbrido” é também uma medida recente adotada pelo grupo que viu a necessidade de reabilitarem a sede à nova realidade: “Com esta oportunidade de reabilitação da sede aproveitámos para o fazer com as práticas mais avançadas de sustentabilidade, digitalização, mobilidade e diversidade e inclusão”. No entender desta organização, a “adoção do modelo híbrido”, bem como a “reabilitação da sede” vai permitir “reduzir a pegada carbónica da Zurich”, assim como a “pegada carbónica de cada colaborador associada às deslocações para o escritório”. Considerando as pessoas como “centro do projeto, construção e uso dos espaços”, a reabilitação da sede, de acordo com Carlos Fonseca, foi desenhada tendo em conta as “melhores práticas internacionais e respeitando dez áreas relevantes para a saúde e bem-estar” dos colaboradores: “movimento, iluminação, conforto térmico, conforto acústico, comunidade, qualidade do ar, materiais, qualidade da água, nutrição e saúde mental”. A título de exemplo, destaca-se a “renovação de todo o sistema de ventilação e climatização, equipamentos mais eficientes e com melhor desempenho energético, e os equipamentos de iluminação são 100% LED”. A par disto, “todo o consumo de energia será monitorizado continuamente para que seja possível identificarmos aspetos que possam ser ainda melhorados”, acrescenta. A primeira fase das obras de requalificação já está concluída e os colaboradores já estão a usufruir dos novos espaços desde o passado mês de maio. A segunda fase ficará finalizada em 2023.
Há mais de 10 anos que a sustentabilidade está no “centro do negócio” e, dessa forma, o foco tem assentando na redução de emissões de carbono em três áreas concretas, nomeadamente investimentos, produtos e serviços e operações: “Ainda temos muito a fazer nestas áreas e não vamos ficar de braços cruzados”, remata.