O diretor da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) confirmou que a administração de Donald Trump está a preparar o abandono das políticas ambientais promovidas pelo ex-presidente Barack Obama para travar o aquecimento global. Apresentadas em agosto de 2015, as medidas ambientais, que ficaram conhecidas como plano de energia limpa, visavam restringir as emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente em fábricas alimentadas a carvão. Este plano era uma peça central das políticas ambientais da administração democrata de Barack Obama, indica a agência Lusa.
Em declarações em Hazard, no Estado do Kentucky, o diretor da EPA, Scott Pruitt, avançou que vai assinar na terça-feira uma proposta para “a retirada do chamado plano de energia limpa da anterior administração”.
A agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) indicou hoje que é expectável que a EPA declare que o plano assinado por Obama ultrapassa os termos da lei federal, ao estabelecer limites de emissões “não razoáveis”. “A EPA ou qualquer agência federal não devem usar a sua autoridade para dizer a alguém que vamos declarar guerra a qualquer setor da nossa economia”, disse Scott Pruitt, cuja nomeação (confirmada pelo Congresso em fevereiro último) gerou controvérsia.
Scott Pruitt é um reconhecido cético das alterações climáticas e tem fortes ligações à indústria do petróleo.