Um “Pordata da Energia”: é neste modelo que irá funcionar o Observatório da Energia, plataforma lançada recentemente pela ADENE – Agência para Energia, no âmbito do Portugal Energia, uma das medidas do Simplex 2017.
Disponível online, a nova plataforma contém estatísticas e indicadores sobre o setor da energia que traçam o retrato do país ao nível da sua performance energética. Dirigido a decisores políticos, investigadores e academia, agentes e entidades do setor da energia em Portugal, administração pública, empresas públicas e privadas, órgãos de comunicação social e público em geral, o Observatório da Energia conta já com cerca de 30 mil entradas de indicadores estatísticos e durante o ano de 2018 incluirá informação desagregada pelas regiões de Portugal, assim como dados e indicadores que permitirão uma comparação com os países da União Europeia, entre outros.
O evento de lançamento do Observatório da Energia teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian e contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, do presidente do Conselho de Administração da ADENE, João Paulo Girbal, e da vice presidente da ADENE, Maria João Coelho.
“O Observatório da Energia pretende tornar-se no veículo privilegiado de comunicação a nível nacional e um instrumento de referência na disponibilização de dados estatísticos e indicadores do setor da Energia”, referiu João Paulo Girbal, presidente do Conselho de Administração da ADENE.
Em fevereiro de 2019 está também previsto o lançamento do ‘Energia em Números’ do Observatório da Energia, uma compilação dos dados estatísticos e indicadores relevantes relativos ao ano de 2017.
Duranta a abertura desta sessão, Manuel Caldeira Cabral, ministro do Economia, realçou a importância desta ferramenta que vai ao encontro da “prioridade política do governo” no que toca ao setor da energia. “O Observatório é um passo importante porque garante que o trabalho que estamos a fazer disponha de mais informação e conhecimento”, advogou.
Na perspetiva do ministro da Economia, trata-se de um setor que “requer mais informação”, numa altura em que o Governo quer reduzir os custos na eletricidade e apostar nas energias renováveis. “Temos 800 MW de energia solar que vão entrar em breve”, acrescentou o responsável que falou também da interligação energética com Marrocos e Espanha.
Para já está previsto o anúncio da realização de um estudo sobre a aplicação da Tarifa Social em Portugal, refere a ADENE, realçando que as conclusões do mesmo serão conhecidas no final do ano.