As últimas fugas de informações sobre o teor das negociações do Acordo Global de Comércio e serviços (Tisa) entre a União Europeia e 22 países levam a crer que o documento ameaça as metas do Acordo de Paris para as alterações climáticas, indica o Jornal de Notícias. O texto, revelado pelo jornal britânico The Guardian, impõe aos signatários “neutralidade energética”, dificultando, portanto, a opção por energia limpa em vez de combustíveis fósseis. Uma emenda da UE impõe apenas a exclusão da energia nuclear.
O texto do Tisa também obriga a legislar contra “a conduta anticompetitiva” e as “distorções de mercado” em serviços relacionados com energia. Os estados terão ainda de provar a necessidade de regulamentações constrangedoras para as multinacionais.
Para cumprir Paris e o controlo do aumento da temperatura e a redução das emissões de dióxido de carbono, “os governos precisam de um conjunto de medidas que possam incentivar as energias limpas”, alerta Susan Cohen, da Greenpeace.