Um estudo liderado por portugueses, publicado na revista Science, concluiu que o clima é o único factor que está agora a impedir as espécies de caracóis transportadas pelo homem de se espalharem por todo o planeta. Segundo o jornal Público, de acordo com esta investigação, a globalização não trouxe só uma homogeneização no consumo, mas também na natureza. Uma equipa foi tentar compreender as consequências do movimento de 175 espécies de gastrópodes (caracóis e lesmas), em 56 países e sub-regiões, transportadas pelo homem (em telhas, plantas vivas, vegetais e frutos) devido ao comércio. Os resultados mostram que as espécies acabaram por se instalar em locais distantes do seu habitat inicial. Dividem-se entre aquelas que vivem em climas temperados e as que vivem em climas tropicais e subtropicais. Todas as outras antigas barreiras biogeográficas, como os oceanos ou as montanhas, estão a deixar de ter importância, conclui o estudo publicado hoje na revista Science. Através da junção de informação sobre os habitats actuais destes 175 gastrópodes e dos seus habitats originais antes de 1500, os cientistas puderam comparar como estavam organizadas estas espécies a nível biogeográfico antes e depois da dispersão. Assim, antes de 1500, estas 175 espécies de gastrópodes distribuíam-se por sete grupos biogeográficos no mundo. Alguns mais pequenos com a Austrália ou o Sul de África. Outros maiores como a América Central e do Sul ou a América do Norte e a Europa. Agora, há apenas dois grandes grupos de espécies, um que vive nos climas temperados e outro que vive nos climas tropical e subtropical.Os cientistas traduziram estes resultados em quilómetros. Antes, uma espécie nunca se dispersava por uma distância superior a 11.000 quilómetros. Hoje, uma espécie de caracol pode estar em dois locais que distam entre si até 20.000 quilómetros. Os investigadores encontraram ainda alguma ligação entre a dispersão das espécies de gastrópodes e as vias comerciais de bens, por onde os caracóis são inadvertidamente transportados.
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