O Fundo Ambiental e o BPI foram duas instituições que participaram numa conferência sobre financiamento no âmbito da Portugal Smart Cities Summit, nesta terça-feira, 8 de outubro, em Lisboa.
Rui Toscano, especialista em sustentabilidade do BPI, declarou que o banco “tem-se posicionado nesta nova realidade da sustentabilidade”, provando que a sua posição na empresa, por exemplo, não existia há três anos.
Frisando que a “sustentabilidade tem um retorno interessante”, o BPI tem sentido vontade dos privados em inovar e investir neste sentido, não sendo apenas para cumprir os desígnios da iniciativa pública.
Além disso, o banco tem linhas e financiamentos específicos para apoiar projetos sustentáveis, além de iniciativas conjuntas com universidades e associações para promover a literacia ambiental.
Todavia, Rui Toscano reforça a questões dos critérios de risco climático, visto que “não é correto financiar um projeto sem uma correta percepção do risco que causa”. O mesmo exemplificou com a construção de casas/edifícios em cima da linha do mar e com empresas que queiram construir em zona rural sem plano de mitigação para incêndios.
Por sua vez, Marco Rebelo do Fundo Ambiental, concordou que o “investimento privado será sempre necessário” para levar em frente a transição energética, além das ajudas/apoios públicos criados para o mesmo efeito.
Como exemplo deu a Guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que em 2022 causas uma instabilidade no mercado de energia, especialmente no preço do gás. Com o investimento do Fundo Ambiental, Portugal não sentiu muito este efeito, pois foi criado um mecanismo de estabilização dos preços do gás.
Em 2024, ano corrente, o Fundo Ambiental tem um orçamento de 1.800 milhões de euros.
A Portugal Smart Cities Summit acontece de 8 a 10 de outubro, na FIL, Parque das Nações, e a Ambiente Magazine é media partner do evento.