“A Colt Portugal está sempre à procura de tecnologias mais verdes para implementar”
A Colt Technology Services Portugal, subsidiária do grupo Colt presente em Portugal há mais de 20 anos, coloca “a consciência ambiental no centro de tudo” e por isso, ao longo dos anos, tem-se comprometido com as normas ESG (Environmental, Social and Governance) e a sustentabilidade.
À conversa com Carlos Jesus, Country Manager da Colt Portugal, a Ambiente Magazine descobriu que a empresa começou há três anos a rever as estratégias e políticas de sustentabilidade do negócio, focando-se nos “3P’s – pessoas, planeta e processos”.
“Ao tornarmos a sustentabilidade e o impacto climático numa prioridade para o nosso negócio, priorizamos imediatamente os esforços para reduzir a nossa pegada de carbono e aumentar os nossos benefícios sociais”, diz o responsável, revelando que a empresa pretende, até 2030, reduzir em 47% as suas emissões de carbono nos Scope 1 e 2, em comparação com a referência base de 2019, e 28% em todo o Scope 3, abaixo de 0ºC.
Já a longo prazo, a Colt alinhou as metas com os Science Based Target (atualmente em revisão pelo SBTi), comprometendo-se a alcançar as emissões Net-Zero até 2045.
“87% dos nossos fornecedores aceitaram avaliar as suas estratégias de ESG”
Além disso, a empresa “tem vindo a investir dezenas de milhões de euros na troca de tecnologias, que, apesar de ainda serem muito robustas, deixaram de ser eco-friendly“. Só no final de 2022, foram removidos todos os equipamentos de rede SDH e a Colt Portugal tem substituído os sistemas de arrefecimento RCU, reduzindo em 10% o consumo de energia.
“A Colt Portugal está sempre à procura de tecnologias mais verdes para implementar no seu nó e Data Center de Carnaxide”, garante Carlos Jesus, que evidencia ainda outras iniciativas como a eletrificação da frota automóvel, a utilização de energias 100% renováveis e a redução de viagens de trabalho em 40%: “por cada viagem que um colaborador faz, são calculadas as emissões de carbono correspondentes a quantas árvores serão precisas plantar para as compensar e esse valor, imputado ao orçamento de viagens da unidade de negócio, serve para financiar projetos e instituições cuja atividade visa a redução de emissões de carbono”, explica.
O (próximo) compromisso sustentável da Colt
A nível global, a empresa pretende que a frota automóvel eletrificada seja de 38% até 2025 e de 75% até 2030. A par disto, o grupo tem como meta passar a usar energia 100% renovável em todo o mundo até 2030, sendo que atualmente 75% das instalações já usam energias renováveis
A subsidiária portuguesa, por sua vez, pretende eletrificar toda a sua frota automóvel até ao final do primeiro semestre de 2024, juntando-se assim ao já cumprido Data Center e nó de comunicações de Carnaxide, que já usa energia 100% verde, desde 2019.
“A nível mundial, o setor das telecomunicações é responsável por 1,6% das emissões totais de carbono”
Apesar de a Colt ter registado um aumento de 7% nas toneladas de resíduos gerados entre 2020 e 2021, por causa da produção de uma maior quantidade de equipamentos elétricos e eletrónicos, o Country Manager garante que “todos estes resíduos foram devidamente reciclados”. Em 2022, os resíduos enviados para aterros diminuíram em 86,7%.
O ‘S’ do ESG: mais inclusão e diversidade
A Colt, além da sustentabilidade, tem apostado na parte social, com políticas de inclusão e diversidade, bem como com iniciativas de retenção de talento.
Em Portugal, pretende-se aumentar a atual quota de 32% de mulheres a trabalhar na empresa. Só no ano passado, “conseguimos que 45% dos novos contratados fossem mulheres”, revela Carlos Jesus, acrescentando que “temos uma política de igualdade não só de acesso às carreiras, mas também a nível da paridade salarial e dos benefícios”.
Mas a parte social também se estende aos clientes, pois os mesmos “procuram cada vez mais fornecedores e parceiros com fortes bases de sustentabilidade”. Neste momento, a Colt está a trabalhar em conjunto com o Carbon Disclouser Project para “medir qual a pegada de carbono inerente à instalação de cada um dos seus serviços e está a consciencializar os seus clientes para a importância da descarbonização”.
Deste modo, o responsável pela Colt em Portugal garante que o grupo está a “propiciar uma melhor utilização dos ativos, a promover a redução dos custos, a acelerar o time to market e a impulsionar uma maior sustentabilidade através de uma utilização mais eficiente”.
A empresa possuiu em território nacional três centros de competência, duas Redes de Área Metropolitana (Lisboa e Porto), 830 quilómetros de rede de fibra ótica e 1.700 quilómetros de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando 13 data centers, mais de 777 edifícios e oito parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Maia e Vila Nova de Gaia.