Foi desta forma, que Jorge Seguro Sanches, secretário de Estado da Energia, classificou a política energética que tem sido seguida pelo atual Governo, nomeadamente ao nível das energias renováveis.
À margem do Summit de Energia, iniciativa que decorreu ontem no âmbito da Portugal Smart Cities Summit by Green Business Week, o governante realçou que Portugal tem capacidade e condições naturais para continuar a “aumentar a sua potência instalada” de renováveis.
“Em 2016, Portugal registou quatro dias de consumo de eletricidade fornecido apenas com energias renováveis. Foi possível ainda que em março, se registasse uma produção de energias renováveis superior às necessidades de consumo. É preciso melhorar e completar o mix renovável que temos no nosso país”.
Durante a conferência foram discutidos temas relacionados com a transformação digital do setor e com as concessões de baixa tensão. Em relação a este último tópico, Seguro Sanches considera que se trata de um tema relevante, em especial para as autarquias, empresas e consumidores.
Recorde-se que, no inicio deste ano, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, a criação de um programa para preparar os concursos públicos com vista à atribuição de novas licenças municipais para distribuição de eletricidade, que vai lançar em 2019.
“Há uma oportunidade, de que com o fim das concessões, que já começaram a ocorrer, o sistema eléctrico possa ter mais qualidade e continue com a proximidade aos consumidores, que não haja um aumento de custos e que assegure a coesão territorial”, salientou.
“A inovação tecnológica está a reduzir o custo da energia”
Por sua vez, Maria Cristina Portugal, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), aproveitou a sua intervenção para realçar a importâncias das novas tecnologias na inovação do setor.
“As novas tecnologias têm sido procuradas pelos agentes do setor e permitido resolver problemas de engenharia”, realçou a responsável, acrescentando que “a inovação tecnológica está a reduzir o custo da energia”.
A energia, como “recurso disperso”, tem aproveitado o desenvolvimento tecnológico para “melhorar a qualidade do seu serviço, designadamente com a digitalização do setor”, sustentou Maria Cristina Portugal que deu como exemplo o uso de contadores inteligentes.