O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, estima que tenha ardido cerca de 75% da área florestal do concelho, sublinhando que o pior já passou, apesar de registados alguns reacendimentos ao longo do dia.
Ao início da noite de terça-feira para hoje, ainda havia “alguns reacendimentos”, mas “há pouco mais para arder”, relatou à agência Lusa o autarca de Figueiró dos Vinhos, um dos três concelhos do distrito de Leiria mais afetados pelo incêndio que começou no sábado em Pedrógão Grande e que matou 64 pessoas e fez mais de 150 feridos.
“Neste momento, os esforços estão concentrados no levantamento porta-a-porta das necessidades da população afetada”, explicou, frisando que o Governo está “empenhado, em todas as áreas” para que “as ações sejam evidentes a curto-prazo”.
“É preciso fazer o diagnóstico, mas ainda não houve muito tempo”, vincou, referindo que os levantamentos arrancaram na terça-feira, com equipas da Segurança Social e técnicos da divisão de Ação Social da Câmara Municipal, com o apoio também de corporações de bombeiros. Segundo Jorge Abreu, “em termos de solidariedade, os apoios são bastantes e suficientes”.
No município, já é assegurada água e luz na maioria do concelho, e hoje já foi possível “ter internet”, apesar de ainda haver “dificuldades no plano das comunicações”, constatou.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.
Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.