Amanhã, dia 30 de maio, a Direção-Geral do Território (DGT) anuncia a disponibilização de séries multitemporais de cartografia de ocupação do solo para Portugal Continental que tem vindo a produzir, numa cerimónia que será presidida pela Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos.
“Este tipo de informação permite análises de dinâmicas territoriais importantes para a definição e monitorização da política de ordenamento do território e das políticas sectoriais com impacto no território, servindo também de base para a produção de informação e estudos de natureza temática, nomeadamente serviços de ecossistemas, dinâmicas de artificialização, erosão do solo e emissões de gases com efeito de estufa”, pode ler-se em comunicado.
A partir de agora, a informação estará acessível a todas as entidades da Administração Pública bem como às empresas e aos cidadãos no Sistema Nacional de Informação Geográfica (SNIG) através de serviços de visualização e descarregamento via internet numa política de dados abertos.
A nova estratégia de cartografia de ocupação do solo assenta na “disponibilização de informação com diferentes níveis de detalhe espacial, temático e temporal, com o principal objetivo de disponibilizar informação com maior frequência e através de processos de produção mais eficientes e tecnologicamente mais evoluídos, diminuindo o tempo entre o ano da aquisição dos dados e o ano da disponibilização da informação produzida ao público”.
O evento inclui uma análise sobre as dinâmicas territoriais entre 1995 e 2010 com base na cartografia agora disponibilizada, que conclui por exemplo que o crescimento de territórios artificializados passou de cerca de oito mil ha/ano entre 1995 e 2007 para cerca de cinco mil ha/ano entre 2007 e 2010. O estudo inclui análises de ganhos, perdas e variações das principais classes de ocupação e uso do solo a nível continental, regional, sub-regional e municipal.
Será feita também uma apresentação da plataforma, IPSentinel, construída pela DGT em conjunto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) cujo principal objetivo é a disponibilização, sem custos, de imagens dos satélites Sentinel, operados pela Agência Espacial Europeia no âmbito do programa Copernicus da União Europeia.