O ar nas salas de aula de 51 escolas do 1.º ciclo Básico no concelho de Coimbra foi considerado perigoso e pode afetar gravemente a saúde das crianças, informou esta quarta-feira o Correio da Manhã.
Esta é a conclusão de uma estudo de Ana Ferreira, professora da Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Coimbra (ESTeSC), que envolveu cerca de mil alunos. Em declarações ao jornal, a investigadora assegura a presença de “monóxido de carbono e de partículas nas salas de aula”. E, considera: os valores “excedem os limites máximos permitidos por lei, pondo em causa a saúde, o conforto e o processo de aprendizagem das crianças” nas escolas monitorizadas.
De acordo com Ana Ferreira, a investigação permitiu concluir que a presença de monóxido de carbono e de partículas no ar “pode aumentar a ocorrência de doenças respiratórias, alérgicas, cardiovasculares e até cancro”. As causas são, sobretudo, a má ventilação, revela a especialista que, acrescenta ter informado a Câmara Municipal de Coimbra e que ficou à espera de um contacto. “Não fui mais contactada e fiz verificações em algumas escolas: continuava tudo na mesma”, diz Ana Ferreira.
O estudo foi publicado no livro “Qualidade do Ar Interior em Escolas e Saúde das Crianças” e vai ser apresentado esta quarta-feira na ESTeSC.