A Quercus anunciou hoje que está a promover uma petição, a People4soil, para a criação de uma lei que defenda o solo, justificando que é uma forma de defender o futuro. De acordo com a associação, na Europa, ainda não há uma lei comum que defenda os solos.
“A cada minuto que passa, o solo é sufocado, contaminado, explorado, envenenado, maltratado, consumido”, evidenciou a Quercus em comunicado.
A associação explicou também a importância desta medida. “Proteger o solo com leis é a primeira maneira de proteger os seres humanos, as plantas e os animais. Sem solo saudável e vivo, não há futuro. Um solo saudável e vivo protege-nos de desastres ambientais, das alterações climáticas, dos venenos no prato”, explicou na nota.
De acordo com a associação ambiental, os solos são um dos recursos mais estratégicos da Europa por garantirem a segurança alimentar, a conservação da biodiversidade e a regulação das alterações climáticas.
Desta forma, “mais de 400 associações”, reuniram-se para formar a coligação People4soil, a qual exige “regras específicas da União Europeia para proteger o solo, bem essencial para a vida, tal como a água e o ar”, segundo a Quercus.
O principal objetivo da petição é “reconhecer o solo como um património partilhado que requer proteção ao nível da União Europeia” e a elaboração de “um quadro juridicamente vinculativo que abranja as principais ameaças para o solo: erosão, vedação, declínio da matéria orgânica, perda de biodiversidade e contaminação. Pretendem também integrar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas ligado ao solo nas políticas da União Europeia e ainda, medir adequadamente a redução de gases com efeito de estufa da agricultura e silvicultura.