Com necessidade de cinco mil milhões de euros para fazer a transição energética, a Câmara Municipal de Lisboa frisou o papel do investimento privado nesta transformação.
Catarina Freitas, da autarquia, foi uma das oradoras do painel sobre financiamento, no âmbito da Portugal Smart Cities Summit, e contou como Lisboa quer tornar-se numa cidade neutra em carbono até 2030, antecipando a meta globalmente estabelecida de 2050.
Posto isto, um dos principais objetivos e “grande desafio para a cidade” é reduzir em 80% as emissões de CO2, face à based line 2002, mas fazendo-o de “forma justa e acessível”.
”Temos níveis de pobreza energética que não seriam comuns em grandes cidades europeias”
Em Lisboa, a maior parte das emissões de dióxido de carbono provêm dos transportes (57%), seguindo-se a parcela dos edifícios, que contempla o residencial e os serviços.
Desta forma, o Pacto Climático de Lisboa, atualmente em concessão, está focado, além do investimento público, em projetos de iniciativa privada, com subvenções reembolsáveis ou fundo perdido.
Está previsto um primeiro investimento de 100 milhões de euros para que, seguidamente, se possa desbloquear um investimento que ronde os 500 milhões.
A 10.ª edição da Portugal Smart Cities Summit decorre de 8 a 10 de outubro na FIL, no Parque das Nações, e a Ambiente Magazine é media partner do evento.