O Governo não desiste da reutilização obrigatória dos livros escolares, e esta terça-feira, no Parlamento, a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, disse que é “letra de lei”, noticia hoje o Jornal de Notícias. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) é contra.
No decorrer da discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2017, Alexandra Leitão lembrou que a reutilização dos livros “só se tornou um problema quando passou a abranger toda a gente e nunca quando era apenas para crianças carenciadas, com a Ação Social Escolar”. Neste sentido, salientou que “se estes o conseguem fazer, então os outros também vão conseguir”.
A medida não agradou à APEL, e Paulo Rebelo Gonçalves, porta-voz da entidade, diz que “é uma medida que acaba por limitar a utilização do livro, que limita os métodos de estudo, que é simplista”. Quando confrontado com o alívio que a mesma pode significar para as famílias, responde que “seria mais equitativo dar os livros às que precisam, e dar às que não precisam outro tipo de apoio”. Sobre o impacto financeiro no setor livreiro, pouco adiantou, a não ser que pode ser de “muitos milhões”.
Uma medida que além de um maior alívio económico para as famílias portuguesas, pode significar também um contributo a nível ambiental.