Luís Miguel Albuquerque, presidente do Conselho de Administração da Tejo Ambiente, foi um dos oradores da sessão de abertura do SENAG (Seminário Nacional de Abastecimento de Água), e abordou a importância de estarem “todos minimamente alinhados”, fazendo referência ao facto de cada município ter as suas próprias regras e estratégias.
Desta forma, “a ERSAR pode e deve ter um papel mais forte no setor, não pondo em causa o poder autónomo de cada município”, pois “não é aceitável ver concelhos com taxas de custos a não atingirem os 30% em relação ao custo efetivo do sistema”. “Isso terá de ser mudado, porque se queremos ser iguais neste setor, teremos que trabalhar muito para que isso aconteça”, frisou.
“Antes, apenas entidades gestoras podiam aceder a fundos comunitários e o Governo atual entende que também os municípios que não estão agregados o podem fazer, mas acho que deve haver por parte do Governo uma atenção para as entidades que estão agregadas, havendo a possibilidade de terem uma majoração no acesso a fundos comunitários, sendo que essa majoração deverá vir de uma fonte de financiamento alternativa”, explicou ainda Luís Miguel Albuquerque.
Para exemplificar as boas práticas, mencionou o caso da próprio Tejo Ambiente que, há quatro anos atrás, quando foi criada, tinha perdas de água na ordem dos 60%. Atualmente, o valor continua alto, na sua visão, mas demonstra um esforço, sendo que as perdas foram reduzidas em 20%.
Além disso, a Tejo Ambiente investiu nove milhões de euros no setor das água, com a requalificação de reservatórios, de redes de água e com a substituição de contadores.
O SENAG, organizado pela APDA (Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem das Águas), decorre durante os dias 2 e 3 de outubro, no Hotel dos Templários, em Tomar. A Ambiente Magazine é media partner deste evento.
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