Cerca de 400 trabalhadores dos edifícios do Ministério da Educação (ME), na avenida 24 de julho, em Lisboa, bem como os moradores da zona, estão há 15 dias expostos a partículas de amianto, devido a trabalhos de remoção de placas de fibrocimento contendo a substância cancerígena.
A Associação Ambientalista Quercus escreveu ao ME a exigir a suspensão dos trabalhos por incumprimento às regras básicas de segurança. “A obra não pode decorrer com o edifício o funcionar, a menos que fosse criada uma barreira com o exterior. Mas, segundo os funcionários do ME, as condutas de ar condicionado e as janelas não foram devidamente vedadas e os trabalhadores da obram circulam no mesmo espaço dos funcionários”, disse ao Correio da Manhã, Carmen Lima, da Quercus.
Os trabalhadores receberam apenas indicações para não abrirem portas e janelas e usarem máscaras para o pó. O ME garante que a obra do Parque Escolar, dona dos edifícios, teve “autorização prévia da Autoridade para as Condições do Trabalho” e “cumpre todas as regras de segurança”. Ainda assim, o ME diz ter “solicitado ao Instituto Ricardo Jorge uma análise à qualidade do ar”.