Por: António Chaves Ramos, Administrador Executivo da TaviraVerde
A água disponível no Algarve não chega para satisfazer as necessidades de abastecimento normal neste ano de 2024. Por tal razão o Governo identificou, em fevereiro, um estado de alerta para a Região. A situação poderá ser ainda pior em 2025.
Num artigo que enviei para esta revista, há três anos, falava na angústia de estarmos, permanentemente, dependentes das precipitações da próxima Primavera ou do próximo Outono, para saber se tínhamos água para um ano ou não. O ano passado falharam as chuvas da Primavera e aqui estamos sem soluções que permitam aos Algarvios viverem e exercerem as atividades que lhes permitem viver, nomeadamente o turismo, a agricultura e todas as atividades que necessitam da água na sua execução.
Eu falei da situação há três anos, porque ela já era detetável nessa altura. O estado de alerta, que foi identificado na resolução do Conselho de Ministros de Fevereiro, devia ter sido identificado há bastante mais tempo. Não tendo sido, a situação atual é de estado de emergência ou calamidade. Qualquer estado que permita intervir mediatamente do lado do fornecimento. As soluções estão identificadas e, algumas, prontas para execução
Na situação atual os prejuízos são inevitáveis. As únicas ações que temos disponíveis são, quase exclusivamente, do lado da procura. Quer dizer temos que passar sede. Nós, os turistas, as plantas, etc.
A Camara de Tavira e a Taviraverde estão a fazer o possível para atenuar os previsíveis prejuízos que esta situação causará aos munícipes. Espero que, com a ajuda de todos, tenhamos êxito.