A Sociedade Ponto Verde (SPV) volta a unir-se à consultora de inovação colaborativa Beta-i para desafiar startups de todo o mundo a participar na segunda edição do programa de inovação colaborativa Re-Source, que tem uma dotação de 250 mil euros para investimento na potenciação dos projetos selecionados. Com o objetivo de promover a economia circular e a disrupção digital na reciclagem de resíduos, o programa vai dar a oportunidade aos participantes de trabalhar em conjunto com grandes empresas na criação de projetos-piloto inovadores para o setor.
Lê-se numa nota, divulgada à imprensa, que a segunda edição do Re-Source vai estar focada em encontrar soluções que venham resolver desafios relacionados com a participação do consumidor, de forma a alcançar um nível mais elevado de conformidade no que respeita à separação e eliminação de embalagens de resíduos, bem como no comportamento e compromisso individual dos consumidores; com o aumento da circularidade de embalagens de vidro e alumínio, promovendo a digitalização e a rastreabilidade na recolha e recuperação do vidro e melhorar a separação e eliminação do alumínio, permitindo fechar o ciclo deste material “infinitamente reciclável” e mantê-lo sempre dentro da economia circular; e com a reciclagem e recuperação de papéis revestidos, aplicando os princípios da economia circular.
Neste sentido, o programa tem candidaturas abertas até ao dia 27 de julho, através do site, para startups, scaleups, inovadores e centros de investigação com soluções digitais já testadas noutros mercados, nomeadamente relacionadas com robótica e IA para “last mile delivery”, com novos materiais dentro da economia circular e com o desenvolvimento de cidades inteligentes.
De acordo com Diogo Teixeira, CEO da Beta-i, “após uma primeira edição concluída com sucesso, a motivação da SPV para voltar a trabalhar connosco mostra como a nossa metodologia colaborativa se enquadra na sua estratégia de trazer novos conhecimentos, tecnologias e inovações escaláveis para o setor dos resíduos de embalagens. Como tal, este ano voltamos a dar oportunidade às startups de escalarem os seus negócios de uma forma mais rápida, e às empresas a possibilidade de tornarem a prática de reciclagem e eliminação de resíduos ainda mais eficaz.”
“O Re-source regressa para a segunda edição, em resultado do caminho de sucesso feito no seu lançamento. É necessário continuarmos a convocar agentes da inovação e da disrupção, que têm o seu ADN assente na transformação tecnológica, digital e sobretudo no “pensar diferente” para que seja possível continuar a fazer evoluir o setor da cadeia de valor das embalagens”, declara Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.
Após o processo de análise da maturidade e impacto potencial das soluções propostas, as 20 melhores startups selecionadas vão participar num Collaboration Design Sprint, facilitado pela Beta-i, com a Sociedade Ponto Verde e parceiros envolvidos na cadeia de valor do setor da reciclagem, nomeadamente a Musami – Operações Municipais do Ambiente, a Águas e Resíduos da Madeira, o Município da Maia, a Delta, a Embal, a Amarsul, a Valorsul, o Leroy Merlin, a Tetra Pak e a Deco Proteste.
Durante quatro meses, startups e os parceiros vão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de projetos-piloto e, em fevereiro, cada solução desenvolvida na fase de bootcamp será depois apresentada ao ecossistema e testada em contexto real.
A primeira edição do Re-Source juntou 13 parceiros e 20 empreendedores de 10 países – incluindo Portugal – e deu origem ao desenvolvimento de várias soluções tangíveis para a reciclagem e a economia circular, incluindo ecopontos inteligentes para tornar a reciclagem num hábito divertido, ecopontos que permitem a uma pessoa inserir embalagens de vidro ou plástico e latas de alumínio e receber pontos e prémios que depois podem ser usados em serviços e produtos, rótulos com tinta magnetizável, para que estes consigam ser mais facilmente separados do plástico e permitir uma melhor reciclagem das embalagens, entre outros.