“Acelerar a Transição Climática: Pensamento a Longo Prazo para Ação Imediata” é um novo estudo levado a cabo pelo Zurich Insurance Group, com o apoio do Horizon Group, que procura explorar as áreas onde a transição climática pode ser eficazmente acelerada. Os resultados resultam de um inquérito alargado a 668 executivos de diversos países que contam com responsabilidades relacionadas com a sustentabilidade nas respetivas empresas.
Os dados revelam que empresas de diversos setores e em todo o mundo se mostram comprometidas com a neutralidade carbónica, estando já a avançar com planos de transição a curto prazo. No entanto, enfrentam diversos desafios nessa jornada. A barreira mais importante para desenvolver um plano de neutralidade carbónica eficaz – algo realçado por 50% das empresas no geral – são os custos e a escala de despesas em termos de capital. Isto é seguido de perto por três obstáculos que se relacionam: a falta de soluções tecnológicas viáveis, os desafios regulatórios e as dificuldades na medição e monitorização do impacto.
Matt Holmes, Group Head of Political and Government Affairs/Diretor de Assuntos Políticos e Governamentais do Zurich Insurance Group, explica que “os responsáveis políticos podem apoiar a transição climática das empresas ao realizar intervenções sistémicas em toda a economia, como por exemplo mecanismos de fixação de preços do carbono, que podem aproveitar o poder dos mercados de capitais e incentivar a inovação e a descarbonização em grande escala. Até ao momento, o debate em torno do tema destaca três prioridades de ação para os governos e decisores políticos: criar certezas políticas, facilitar o investimento em mitigação e adaptação e impulsionar a inovação”.
Este estudo concluiu ainda que 77% das empresas têm um plano ativo de transição para a neutralidade carbónica, mas o setor dos transportes está atrás de outras indústrias, com apenas 37% das empresas a terem um plano de neutralidade carbónica.
85% das empresas pretendem implementar medidas de adaptação climática nos próximos cinco anos. A indústria pesada está a avançar com mais rapidez em termos de adaptação, enquanto a agricultura está a progredir mais lentamente.
Os conselhos de administração de empresas, os investidores e os reguladores são vistos como defensores-chave dos esforços em prol da neutralidade carbónica.