A Quercus, organização ambiental portuguesa, lançou na última semana, um comunicado onde apela à Bayer que, na sequência do processo de compra da Monsanto, inverta o percurso anteriormente traçado por esta empresa, e invista antes em tecnologias mais sustentáveis, que possam garantir melhores práticas na agricultura, respeitando o ambiente.
Este comunicado surge após o anúncio, da última quarta-feira, de que a farmacêutica alemã Bayer comprou a multinacional Monsanto, conhecida por produzir sementes geneticamente modificadas e pesticidas, como o glifosato.
A oposição da Quercus à produção e consumo de organismos geneticamente modificados tem sido clara ao longo dos anos e, por isso, a Associação entende que esta união poderá ter implicações graves para o Ambiente e a saúde pública, bem como para os pequenos agricultores que não terão condições para competir neste mercado, cada vez mais monopolizado, e para os consumidores que veem decrescer o seu poder sobre os alimentos que consomem e o modo como são produzidos.
A junção destas duas empresas dá origem ao maior grupo de sementes e pesticidas do mundo, dado que a Bayer, que já tinha a sua própria produção de sementes, terá agora acesso a mais de cerca de duas mil variedades de organismos geneticamente modificados.