A Algaplus e a Materaqua são exemplos do pioneirismo ambientalmente sustentável e dinâmico que a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, quer fomentar com o programa Aquicultura +, ontem apresentado em Aveiro.
A Algaplus, instalada em Ílhavo, foi a primeira empresa em Portugal e uma das primeiras da Europa a fazer produção de macroalgas em aquicultura. Para isso recorreu a um sistema integrado, aproveitando a água dos tanques de peixe da Materaqua, mais rica em nutrientes para desenvolver as algas. Rui Pereira, um dos sócios, quer “aproveitar a investigação científica” para continuar a inovar, refere o JN.
Manuel Caçoilo, proprietário da Materaqua, tem 84 anos e um negócio de peixe em aquicultura há 30. Dali saem 30 toneladas de robalo, dourada e linguado, com destino ao mercado nacional. Ainda que alimente várias queixas, o empresário recebeu com entusiasmo as medidas anunciadas pela ministra e que deverão entrar em vigor em janeiro de 2017.
Antes de visitarem estas duas empresas e a Bivaqua (de ostras), a ministra do Mar e a ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Leitão Marques, deram a conhecer um programa que inclui o ordenamento do território e medidas para dinamizar o setor. A costa portuguesa tem “potencial”, mas a produção nacional é “residual”, lamentaram.
Para desenvolver o setor é preciso mais investigação científica. Na Universidade de Aveiro, Ana Paula Vitorino não descobriu um método para produzir “bacalhau e sardinha em aquicultura”, como gostaria, mas conheceu um teste para rastrear espécies de peixes. O método permitirá saber de que piscicultura é o peixe que entra no mercado. A investigação foi financiada pelo Programa Operacional das Pescas. Agora o biológo quer criar um processo similar para bivalves.