Estava previsto para esta sexta-feira, às 10h00, na Cidade Universitária, uma marcha global pelo clima. Contudo, face ao sucedido desta quinta-feira, 14 de setembro, onde estudantes foram detidas por terem bloqueado o Conselho de Ministros, a marcha vai ter início no Ministério Público de Oeiras, local onde serão ouvidas.
Num comunicado, Beatriz Xavier, porta-voz da marcha, relembra que tanto a ação desta quinta-feira como a marcha desta sexta-feira têm como reivindicações “o fim ao fóssil até 2030”, e a “eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, fazendo deste o último inverno de gás em Portugal”.
Depois da repressão da polícia, a jovem afirma que “ficou à vista de todos que o Hoverno está mais interessado em silenciar aqueles que expõe a emergência climática do que em garantir que temos um futuro”.
“Mais uma vez, as instituições falharam-nos”, lamenta a porta-voz, alertando que “não podemos confiar nelas para resolver esta crise nem podemos deixar que continuem a vender o nosso futuro”.
A greve climática estudantil está a convocar estudantes para, neste semestre, se juntarem a eles ”na promessa de que não vai haver paz até o Governo declarar que este vai ser o último inverno de gás”, convocando “uma onda de ações estudantil pelo fim ao fóssil” a começar a 13 de novembro.
Citando novamente o secretário geral das Nações Unidas, este grupo de estudantes reitera para a necessidade de “disrupção para acabar com a destruição”.
A porta-voz assegura que os estudantes vão parar escolas e instituições em protesto durante este outono, e faz um apelo: “Precisamos que todos os estudantes se juntem a nós nesta luta. Não podemos a continuar esperar ser salvos por quem claramente não quer garantir que vamos ter um futuro. Esta é a luta das nossas vidas: a luta pelas nossas vidas, e não nos podemos dar ao luxo de ficar de lado”.