Já lá vão 14 anos que a sustentabilidade faz parte do ADN do grupo NEYA Hotels, primeiro com o NEYA Lisboa Hotel e, mais recentemente, com o NEYA Porto Hotel. Foram duas unidades projetadas sob os princípios da sustentabilidade, num compromisso que se tem mantido plasmado nas diversas ações postas em prática e pelo reconhecimento de várias entidades certificadoras e especialistas que confirmam e asseguram a aposta do grupo hoteleiro na sustentabilidade. E mantendo a essa missão de “fazer a diferença”, o NEYA Hotels avança agora com a primeira edição das NEYA Sustainable Talks, um espaço de partilha e de reflexão, que arrancou esta quinta-feira, 18 de maio, no NEYA Porto Hotel.
“Tudo o que fazemos tem um objetivo: ter menos impacto ambiental! Temos um histórico que evidencia que estamos a conseguir executar e que somos hotéis que têm menos impacto ambiental”, disse Pedro Teixeira, Diretor da Qualidade, Ambiente e Segurança do grupo NEYA, relembrando que muitas das ações, tomadas em 2011 em Lisboa, foram muito inovadoras e arriscadas para a altura, como a aposta nos LED´s, cuja decisão implicou um “investimento alto” ou a recarga dos amenities: “Nunca tivemos unidades individuais para cada hóspede”, afirma. Outro passo muito demonstrador deste compromisso é a aposta na “reabilitação urbana”, com o objetivo de “ocupar os arredores” das cidades: os dois hotéis são o resultado de edifícios degradados. O NEYA Porto Hotel, única unidade em Portugal reconhecida em 2022 com a Certificação LEED, a mais exigente ao nível da construção sustentável, é um exemplo desse compromisso: “Desde o momento em que a unidade foi pensada, concebida e executada até ao momento de estar a funcionar, tivemos que obedecer e cumprir requisitos internacionais em termos de construção sustentável”.
A aposta na “economia local” é também algo bem presente nas duas unidades NEYA, onde os equipamentos são “sempre que possível” de origem nacional. A questão energética, a eficiência hídrica e a reciclagem de resíduos são ainda práticas muito recorrentes nos dois hotéis, que estão equipados para dar resposta aos desafios emergentes: “Ambas as unidades são neutras em carbono. Temos entidades que nos calculam as emissões e, depois, fazemos a compensação do CO2”, explica o responsável, acrescentando que este compromisso é mantido graças também ao facto dos dois edifícios serem fornecidos por energia 100 % verde. Algo que ajuda neste compromisso é o facto de os dois edifícios serem abastecidos com energia 100% verde, além de que as unidades do Porto e de Lisboa disponibilizam bicicletas gratuitas a todos os hóspedes, algo que tem tido resultados positivos e que tem permitido “reduzir o número de carros e transportes nas cidades, contribuindo para uma mobilidade de baixo impacto”. Em matéria de ESG, Pedro Teixeira adianta que o grupo já submeteu relatórios ao programa 360 do Turismo de Portugal: “Estamos, neste momento, a aguardar resultados”.
E porque a sustentabilidade não é só ambiental, o NEYA Hotels tem em marcha um plano direcionado ao pilar social, com destaque para várias ações que vão desde o “Quarto Solidário” até ao “Programa HOSPES” da AHP, onde são doados equipamentos ou roupas, cedência de espaços, bem como a promoção de “ações de voluntariado”, indica Pedro Teixeira.
Alinhados em 100% com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Pedro Teixeira assegura que facilmente são implementadas ações justificadas e comunicadas regularmente: “Este conceito de sustentabilidade tem também impulsionado o envolvimento do NEYA Hotels com diversas parcerias e projetos”.
“Já não podemos ser edifícios que vendem quartos e refeições”
Quem parece corroborar com este compromisso do grupo hoteleiro é Yasmin Bhudarally, CEO da NEYA Hotels, explicando que a ideia das NEYA Sustainable Talks nasce com o “plano de ações” elaborado no início do ano: “Queríamos fazer algo diferente e contribuir com um passo pequeno, mas significativo, na partilha de práticas daquilo que de bem se faz em hotelaria e no turismo responsável”.
Apesar da abertura diária de hotéis ser um grande contributo para Portugal, a empresária defende que o posicionamento da hotelaria já não pode ser pura e simplesmente a abertura de hotéis: “Já não podemos ser edifícios que vendem quartos e refeições: temos que ter a ambição de ir mais além e não podemos deixar de alinhar a nossa dinâmica com os objetivos do Turismo de Portugal e das Nações Unidas e, assim, começar a fazer a diferença na vida das comunidades locais, trazendo um propósito ainda mais válido aos destinos”.
A visão e a missão para com a sustentabilidade, de acordo com Yasmin Bhudarally, iniciou-se em 2009 e teve como marco significativo a abertura do NEYA Lisboa Hotel em 2011, Ano Internacional das Florestas: “A transposição dos princípios da Carta da Terra mudou o olhar que a gestão de topo assumiu como posicionamento voluntário nas suas práticas”. Esta foi sempre uma “vontade genuína” que culminou com a evolução do conceito de sustentabilidade tripartida com a abertura do NEYA Porto Hotel: “Pensamos que, todos unidos, podemos fazer a diferença na disseminação das boas práticas e alavancar a hotelaria portuguesa, o turismo e quem connosco se relaciona”, remata.
Este primeiro evento juntou na “Sala Pedra” Leonor Picão, do Turismo de Portugal, Inês Costa, da Deloitte, e Miguel Sanches, da Biosphere Portugal, que partilharam as suas experiências e conhecimentos na área da sustentabilidade.