Construir soluções inovadoras que respondam às necessidades dos clientes é o grande foco da Wavecom. Quem o diz é Ricardo Simões, diretor de Produto IoT, e Mário Almeida, Sales Manager, que destacam a Investigação e o Desenvolvimento como os dois grandes pilares da empresa.
A aposta tem sido nos processos de digitalização das cidades nas mais diversas aplicações, explica Ricardo Simões, acrescentando que, é no setor da água onde se tem vindo a desenvolver soluções de conectividade integradas no ecossistema de telemetria e da rega: “Temos uma solução tecnológica capaz de agregar as comunicações dos contadores de telemetria e disponibilizar esta informação em sistemas centrais capazes de analisar/contabilizar consumos e detetar perdas”.
Quanto às soluções “smart”, Mário Almeida assegura que há uma panóplia muito grande: “Procuramos soluções que recolhem dados ou que reduzam custos aos municípios”, traduzindo-se em “tentar acabar um pouco com as decisões tomadas por «achismo», melhorar a produtividade e a eficiência das organizações e dar dados que realmente facilitem a vida dos munícipes”.
Este tipo de soluções traz inúmeras vantagens para as cidades, como por exemplo, ter informação concreta e objetiva sobre muitas coisas que se podem medir eficientemente: “Dados ambientais, contagens de pessoas ou de viaturas, carros estacionados em segunda fila, número de bicicletas que são alugadas ou consumos de água permitirão aos decisores atuarem com base em dados objetivos”, refere Mário Almeida, acrescentando que este tipo de soluções permitirão uma maior redução de custos. O responsável refere que “basta controlar melhor o ciclo urbano da água, ter jardins com rega inteligente e eficiente ou medir instantaneamente consumos de água, luz e gás e pode-se chegar a poupanças de milhões de euros por ano, por município”, assegurando que “(na Wavecom) temos casos de poupanças de milhões de euros no setor da água”. Outro exemplo de obtenção de dados objetivos são os “sensores de radão”, uma nova solução aplicada já num município em que é medida “a presença deste gás cancerígeno a partir de determinada quantidade” e outros “projetos de telemetria residencial, de contagens de pessoas, de sensorização de temperatura, luminosidade e CO2, de parking, de rega de jardins inteligente, de matrizes Origem/Destino” no Continente e nas Regiões Autónomas, acrescenta.
Setor das águas é um vertical nas smart cities
Quando o tema são as “smart cities”, Ricardo Simões considera que a “solução de regas” é um vertical que deve ser considerado, recordando que a água é cada vez mais um recurso escasso e a quantidade de jardins para gerir numa área municipal pode ser enorme e acarretar desperdício. Por isso, “um sistema de rega inteligente permite a monitorização de todos os jardins de forma detalhada e, consequentemente, adaptar a rega de acordo com as necessidades de cada terreno”, mediante fatores diversos como a “humidade do solo e temperaturas, conjuntamente com o forecast de precipitação”.
O setor das águas afigura-se assim de grande importância, visto que a cidade consegue “monitorizar e registar com históricos os consumos e caudais”, “controlar remotamente, de uma forma mais eficaz, os processos de fornecimento de água”, “reduzir as perdas, com identificação das zonas problemáticas e melhorar a transparência para o consumidor final”. Tudo isto “conjugado com um retorno de investimento apelativo”, remata.
*Este artigo foi incluído na edição 98 da Ambiente Magazine