Atualmente, 50% dos financiamentos do Banco Europeu de Investimento (BEI) dirigem-se à ação climática, diz Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI, no âmbito da assinatura do contrato de financiamento com a EGF (Environment Global Facilities), esta quinta-feira, 23 de março, no Hotel Tivoli Lisboa.
O representante do BEI acrescentou ainda que cada vez mais é importante o financiamento verde e que o banco se preocupa em “fomentar o crescimento sustentável” a longo prazo. Até hoje, o BEI já financiou 36 mil milhões de euros em ação climática e ambiental, sendo que em Portugal o financiamento já vai em mais de 700 milhões de euros.
A nível geral, o maior fatia do financiamento verde foi para a eficiência energética e para a mitigação climática e sustentabilidade ambiental, cada uma no valor de 7,7 mil milhões de euros. Ainda as energias renováveis levam um investimento por parte do banco no valor de 7,2 mil milhões de euros.
Para Portugal, Ricardo Mourinho Félix acredita nas empresas que “contribuem para uma economia circular” e que procuram um empréstimo viável a longo prazo.
Sobre o novo financiamento à EGF, o BEI reforça que “a gestão de resíduos é crucial para proteger a saúde pública e o meio ambiente”, e que continuar empréstimos na área da sustentabilidade e da ação climática em Portugal é o passo para o país atingir as metas europeias estabelecidas neste sentido.
O vice-presidente do banco recordou o caminho longo que o território nacional tem pela frente, reforçando que a taxa de reciclagem do país é de apenas 33%, face aos 50% da média da União Europeia. Também a taxa de lixo que vai para aterro em Portugal é atualmente de 50%, logo o objetivo até 2035 é reduzir este valor para os 10%.
Desta forma, Ricardo Mourinho Félix afirma que “o caminho faz-se de alterações de comportamentos e da criação de incentivos” – missão que o BEI continuará a apoiar com financiamentos verdes.
Por Redação Ambiente Magazine
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