Na ótica de valorizar os recursos hídricos para a agricultura no Vale do Tejo e Oeste, Cláudia Brandão, diretora de Serviços da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, foi oradora na sessão plenária “Viver no Tejo”, no âmbito do primeiro dia do 16.º Congresso da Água.
Num cenário ideal, os 527 mil hectares de terreno livre apontados pela oradora podiam ser usados para a prática agrícola de regadio (individual ou coletivo), pois existem sub-regiões com condições para serem origens de água, como Belver/Alvega, Almourol/Zêzere e Nabão, e Alvito/Fratel.
Face aos atuais problemas que a agricultura e outros setores enfrentam, como as alterações climáticas e a escassez hídrica, é essencial “avaliar a disponibilidade do solo e da água superficial e subterrânea”, tornando compatível a valorização da água com as necessidades de rega.
Cláudia Brandão especificou ainda a Estratégia de Regadio 2030, uma proposta assente na eficiência, na resiliência e na sustentabilidade, e sugeriu ainda a substituição, relocalização e/ou eliminação de algumas captações existentes, no sentido de fazer-se uma “melhor gestão das disponibilidades hídricas”.
O 16.º Congresso da Água decorre entre os dias 21 e 24 de março, no Centro de Congressos do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, na tentativa de sensibilizar para a importância deste recurso e para a escassez do mesmo, o que tem afetado setores como a Agricultura.
Por Ambiente Magazine, media partner do 16.º Congresso da Água
©Raquel Wise