A chuva que caiu no mês de maio – e que está de volta nesta semana – fez diminuir de forma bastante acentuada o número de incêndios em relação ao ano passado, mas há o reverso da moeda: houve um crescimento da vegetação fina, o que contribui para um maior risco de incêndio nos próximos meses. Os bombeiros temem que o verão possa ser mais penoso e, por isso, apelam à limpeza das matas.
Entre 15 de maio, dia em que começou a época de incêndios, e 8 de junho, registaram-se 375 fogos em Portugal, menos 1990 do que no período homólogo do ano passado, revela o Diário de Notícias, de acordo com dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Terão ocorrido 219 incêndios florestais, 101 agrícolas e 55 em povoamentos.
Segundo o Boletim Climatológico do mês, o valor médio da quantidade de precipitação (142,9 mm) foi muito superior ao valor médio (71,2 mm), sendo o quinto mais alto desde 1931 e mesmo o mais alto dos últimos 22 anos.
A vegetação herbácea pode tornar-se especialmente perigosa se o verão for quente e seco. Segundo os dados da Pordata, em 2014 arderam 10.930 hectares, enquanto no ano passado foram consumidos mais de 62 mil. “Mas se o verão for muito quente, e com ondas de calor como em 2013, podemos ter problemas graves”, alerta.