O contributo da informação geográfica para o desenvolvimento do país foi o tema central da II Conferência Nacional de Geodecisão, que decorreu nos dias 12 e 13 de maio na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS), numa parceria com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
A sessão de abertura, no dia 12, contou com a presença da Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, que viu com especial interesse a associação do Ministério do Ambiente a este evento como uma oportunidade de “partilhar algumas daquelas que são as nossas perspetivas”. Acrescentou ainda que “a informação geográfica é um importante suporte à decisão, proporcionando processos mais abertos, transparentes, mas também mais eficientes e mais inteligentes”.
O evento, que vai na sua 2ª edição, “pretende assumir-se como um motor para reflexão e divulgação sobre a forma como a informação geográfica é utilizada para a tomada de decisão em diferentes áreas de atividade”, conforme referiu o vice-presidente do IPS, João Vinagre dos Santos.
Para a ESTBarreiro/ IPS constituiu-se como um espaço de desenvolvimento e partilha de conhecimentos, reforçando o papel “da ESTBarreiro/IPS, da cidade do Barreiro e do Distrito de Setúbal como um dos centros promotores de investigação da área metropolitana de Lisboa”, destacou o diretor da escola, Pedro Ferreira.
Ao longo dos dois dias foram discutidos vários aspetos sobre a forma como a informação geográfica é utilizada atualmente por toda a sociedade, sendo esse o principal objetivo desta conferência, na opinião de Maria Alzira Santos, do Conselho Diretivo do LNEC, nomeadamente “juntar técnicos, investigadores e decisores de empresas da administração pública e de instituições de investigação, desenvolvimento e inovação, que são os autores privilegiados do processo de tomada de decisão apoiada em informação geográfica”.
Para além da abordagem ao papel da informação geográfica na concretização do programa Horizonte 2020, durante a conferência a atual situação do cadastro predial em Portugal (registo administrativo no qual se procede à caraterização e identificação dos prédios existentes em território nacional) foi um dos temas fortemente debatido, concluindo-se que presentemente existe a necessidade das várias autarquias trabalharem em conjunto para a realização de um cadastro único em Portugal.