A Câmara Municipal de Loulé, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, no âmbito da sua área funcional de sensibilização e informação pública, tem vindo a promover uma ação de sensibilização, sobre o risco de cheias e inundações no concelho, nomeadamente nas zonas suscetíveis a este tipo de fenómeno.
A iniciativa contou com a cooperação do Corpo de Bombeiros de Loulé e foi planeada de forma a proporcionar um contacto direto com a população nas zonas do município historicamente mais suscetíveis e de maior vulnerabilidade a este tipo de risco, com destaque para as freguesias de S. Clemente, S. Sebastião, Boliqueime e, naturalmente, as zonas costeiras de Almancil e Quarteira.
Nas localidades, em espaços públicos e privados foram distribuídos folhetos e cartazes sobre os comportamentos preventivos e de autoproteção. “Os técnicos municipais deixaram ainda conselhos sobre comportamentos a adotar na iminência, durante e depois de uma cheia, particularmente para que a população esta atenta às indicações meteorológicas, a importância de um seguro para habitação ou comércio, mas também para que sejam colocados anteparos nas portas, que se evite utilizar as garagens em caves inseridas nos locais de risco, entre outros”, pode ler-se numa nota, divulgada pelo Município.
Em Portugal, o ano hidrológico começou a 1 de outubro e termina a 30 de setembro. Inicia-se no mês de outubro por ser a época onde as reservas hídricas atingem o seu mínimo e quando começa o período chuvoso do ano. No início do ano hidrológico deve-se estar alerta para os efeitos das primeiras precipitações fortes, muitas vezes acompanhadas com potentes rajadas de vento e com o aumento da agitação marítima.
Tal como indica o Município, o programa municipal de sensibilização e informação pública tem como principal objetivo “promover a resiliência das comunidades no que concerne aos riscos coletivos, dando cumprimento à Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva 2030, de forma a prevenir e reduzir os riscos de catástrofes existentes, a exposição a perigos e vulnerabilidades a catástrofes, visando o desenvolvimento de uma cultura de segurança”.
A melhor forma de prevenção é o “conhecimento dos riscos existentes no seu meio”, bem como os “procedimentos de autoproteção que se devem adotar”, podendo assim “minimizar os danos provenientes de uma situação mais gravosa”, refere a Autarquia.
O Serviço Municipal de Proteção Civil informa ainda que neste período importa estar preparado para a adoção de procedimentos de proteção, como a desobstrução de sistemas de escoamento, limpeza de telhados, a fixação de estruturas soltas e a circulação atenta junto a árvores e em zonas ribeirinhas.