Com os subsequentes desafios económicos globais, pontuados pela crise energética e a inflação crescente, perspetiva-se que o custo anual global de energia para a exploração de redes móveis cresça exponencialmente. Na primeira edição do relatório da Ericsson Breaking the Energy Curve, em 2020, estimou-se o custo anual global de energia para a exploração de redes móveis em cerca de 25 biliões de dólares.
Estes últimos acontecimentos levam à necessidade dos CSP (Prestadores de Serviços de Comunicação) serem ainda mais eficientes e sustentáveis na gestão das suas redes. A nova edição relatório da Ericsson «On the Road to Breaking the Energy Curve» visa apoiá-los na prossecução destes objetivos, disponibilizando conselhos atualizados sobre como se podem tornar mais eficientes em termos energéticos, sustentáveis e rentáveis, à medida que o 5G ganha mercado numa escala global – enquanto atingem os seus objetivos empresariais e metas de sustentabilidade.
“À medida que crescem as implementações globais de conectividade 5G, os benefícios de um portfólio energético consciente e de futuro estão a tornar-se mais evidentes. Contudo, também se perceciona que as maiores poupanças de consumo energético que tal portfólio proporciona em toda a rede podem também ser reforçadas através de outras ações”, explica Fredrik Jejdling, vice-presidente executivo e Head of Business Area Networks da Ericsson, lembrando que “não podemos continuar a ter uma abordagem de «business as usual». Devemos tirar partido das mudanças e modernizações mais vastas da rede, em oposição a medidas fragmentadas. Devemos utilizar os últimos avanços da tecnologia para implementar funcionalidades de poupança energética e considerar a melhor utilização das nossas fontes. Para simplificar, precisamos de pensar de forma diferente”.
O 5G foi implementado globalmente em mais de 200 redes desde a publicação da anterior edição do relatório. O Breaking the Energy Curve 2022 explica quais as “três premissas” que permitem ao 5G evoluir em conjunto com o melhor da Sustentabilidade, e assim reduzir o consumo total de energia da rede, de forma a desafiar a abordagem tradicional da indústria:
- “Planear de forma diferente”: concentrar-se numa evolução sustentada da rede; abraçar uma visão holística dos objetivos da empresa e das realidades da rede, para permitir o planeamento e operação dessa mesma rede, apoiando as ambições empresariais e de sustentabilidade.
- “Implementar de forma diferente”: modernizar efetivamente a rede existente é essencial ao desenvolvimento do 5G, de forma a reduzir o consumo total de energia da rede móvel.
- “Operar de forma diferente”: aproveitar a inteligência artificial/machine learning (IA/ML) e a automatização para maximizar o desempenho do tráfego do hardware implementado, juntamente com a minimização do uso de energia.
Como os produtos e soluções de rede de acesso de rádio (RAN) consomem mais energia numa rede móvel, o relatório destaca a necessidade de os CSP darem contínua prioridade à poupança de energia RAN, à medida que são lançadas novas gerações de produtos eficientes em termos energéticos. “Esta é a melhor forma de manter sob controlo a utilização de energia, ao mesmo tempo que proporciona uma excelente experiência ao utilizador”, indica o relatório.
O documento recomenda que se tenha uma “visão holística” da evolução, expansão e funcionamento da rede para quebrar a trajetória ascendente do consumo de energia das redes móveis. Esta abordagem ajudará também a enfrentar o desafio do crescimento exponencial do tráfego de dados, destaca a análise da Ericsson.
O relatório pode ser consultado aqui.