No 28º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Neste trabalho, incluído na edição impressa número 91 da Ambiente Magazine, apenas conseguimos partilhar os testemunhos da área dos resíduos, ficando a promessa de que, nas duas próximas edições, serão disponibilizados os testemunhos das restantes áreas.
Hoje, partilhamos o testemunho de Miguel Teixeira (Colab4Food), desafiada por Carlos Gonçalves (Paladin).
PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?
“Comecemos esta breve reflexão pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) que representam uma base de reflexão e orientações para os setores público e privado trabalharem em conjunto em oportunidades transformacionais para que os possamos atingir. Este é, pois, um “compasso” para avaliar o impacto de cada entidade nos ODS ao longo de toda a cadeia de valor.
No caso do setor alimentar, este será um longo e árduo caminho, onde terá de haver um compromisso muito grande entre entidades, da academia às empresas, do prado ao prato, tendo a sustentabilidade como um dos objectivos relevantes a atingir. As estratégias para este processo podem ser muitas e variadas, dependendo da natureza, dimensão, geografia e atuação de cada entidade. No entanto, qualquer que seja, a estratégia deverá ser assente em pilares como a redução da pegada ambiental, aumento da produção responsável, promoção de inovação sustentável e envolvimento das pessoas e comunidades. Uma abordagem que deve, cada vez mais, ser baseada no conceito de economia circular, aquela que é restauradora e regenerativa por defeito”.
By: Miguel Teixeira