A partir do financiamento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para apoiar a Bioeconomia Sustentável, no valor de 129,5 milhões de euros, foram assinados contratos entre o Fundo Ambiental e três consórcios para investimento em inovação e produção ecologicamente sustentável, os quais irão permitir alavancar um investimento total de 237,5 milhões de euros nos próximos quatro anos, pode ler-se num comunicado.
De acordo com o Governo, o valor do financiamento previsto no PRR distribui-se por três setores relevantes para a economia nacional: 71 milhões de euros para o têxtil e vestuário; 41 milhões para a fileira do calçado e 17,5 milhões direcionados ao setor da resina natural.
Na fileira do Têxtil e Vestuário, a missão está atribuída ao consórcio BE@T, liderado pelo CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, tendo a participação de 54 parceiros.
O consórcio BioShoes4all, selecionado para a fileira do Calçado, é liderado pela APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e os seus sucedâneos, envolvendo 68 parceiros.
Quanto à fileira da valorização da Resina Natural, as tarefas dizem respeito ao consórcio RN21, liderado pela ForestWISE – Laboratório Colaborativo para a gestão integrada da Floresta e do Fogo, contando com 38 parceiros.
O Ministério do Ambiente e da Ação Climática lembra que os investimentos enquadram-se no Plano de Ação para a Bioeconomia Sustentável (PABS) – Horizonte 2025 e centram-se no processamento e valorização de matérias-primas biológicas. Envolvem ainda o estabelecimento de novas cadeias de valor e no desenvolvimento de bioprodutos de valor acrescentado com novas funcionalidades ou que substituam outros de origem fóssil.
O apelo à constituição de consórcios, destinados a investir em inovação para produzir de forma ecologicamente sustentável e encontrar novos materiais e processos de fabrico, ocorreu a 10 de maio de 2021.