Maio de 2022 marca o arranque oficial da 12.ª edição da Expoflorestal. De 27 a 29 de maio, o ex-Parque de Madeiras, atualmente pertencente à BioFlorestal, localizado em Albergaria-a-Velha, prepara-se para ser palco de um evento que já ocupa lugar de destaque na agenda da fileira florestal.
Organizado pela AFBV (Associação Florestal do Baixo Vouga), pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha e pela ANEFA (Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente), a Expoflorestal surge da “união de esforços” destas três organizações que, desde a primeira edição, tudo fazem para que o evento ganhe relevância e notoriedade: “A feira já existe há 20 anos: a primeira edição teve lugar em abril de 2002. As quatro primeiras edições realizaram-se anualmente tendo, depois, a partir da quinta assumido o formato bienal e assim se tem mantido”, explica Eulália Botelho, engenharia Florestal da ANEFA, acrescentando que, “à exceção de 2021, devido à pandemia, o evento não se concretizou”. Com um público muito diverso, a feira florestal destina-se a profissionais de produção, transformação e comercialização de madeira e a afins, fornecedores de equipamentos, serviços e soluções tecnológicas, bem como clientes da indústria, autarquias ou sociedade civil, escolas, corporações de bombeiros, associações de desenvolvimento e outras entidades públicas: “Todos aqueles que es- tão interessados numa floresta resiliente e sustentável são bem-vindos”, destaca.
A Expoflorestal oferece uma montra de produtos e serviços indispensáveis à floresta como “máquinas e equipamentos”, “serviços técnicos”, “indústria”, “tecnologia”, “sanidade florestal”, “investigação” ou “equipamentos de segurança”. Sobre novidades, Eulália Botelho adianta que, além das habituais “demonstrações”, vão realizar-se “debates, mesas redondas, apresentação de resultados de projetos, desfiles e concurso de operadores de forwarders”. Para o dia de abertura, por exemplo, está a ser planeada uma conferência que conta com a presença das “25 organizações, entidades e empresas” que subscreveram o “designado” – Compromisso FLORESTA2030: “Este debate tem como objetivo a colaboração e partilha de know-how de todos os envolvidos para elaborar uma estratégia de futuro para a Floresta Nacional a concretizar no espaço de uma década (até 2030), de modo a que tenhamos uma Floresta mais bem geri- da, mais plural, mais inclusiva, mais resiliente, mais valorizada e agregadora ambiental e socialmente, transgeracional e reconhecida”.
[blockquote style=”2″]Feira de referência ao nível Ibérico[/blockquote]
Ao nível de expositores, a engenheira florestal faz um balanço extremamente positivo: “Te- mos os expositores que já nos habituaram com a sua presença e há sempre espaço para que mais empresas organizações possam participar pela primeira vez”. O facto de reunir no mesmo espaço e ao mesmo tempo os “vários intervenientes da fileira florestal”, reforça a importância da Expoflorestal: “São apresentadas ao público-alvo as muitas novidades e inovações que giram em torno da floresta”. No que toca às crianças e jovens que visitam o certame, traduz-se numa “experiência educativa integrada” e, ao mesmo tempo, num “contributo fundamental para o reconhecimento e valorização da Floresta e dos serviços de ecossistemas que esta promove”, acrescenta.
Considerada por muitos como uma “feira de referência” na Península Ibérica, a Expoflorestal tem contribuído para a divulgação do setor florestal: “Na última edição, estiveram presentes 250 expositores, nacionais e estrangeiros, tendo esta sido visitada por mais de 40 mil visitantes”. Outro ponto fundamental é que este evento tem também contribuído para “transmitir às gerações futuras a importância da biodiversidade e da preservação dos espaços florestais”, precisa.
Para Eulália Botelho, o maior desejo ou ambição para a edição 2024 é, essencialmente, que os “atuais constrangimentos” que o mundo hoje assiste e se repercutem em Portugal “já se encontrem ultrapassados, permitindo-nos viver num clima de confiança que possibilite desenvolver novas políticas florestais, mais investigação que promova um melhor controlo de pragas e doenças e uma aposta no planeamento florestal, de modo a que tenhamos mais e melhor florestas no futuro”.
Nos dias 27 e 28 de maio, a feira funciona entre as 10h e as 20h. No último dia, a abertura dá-se às 10h, encerrando às 18h. No primeiro dia, a entrada é gratuita, sendo que nos dias seguintes, é exigido um convite ou ingresso que pode ser adquirido à entrada.
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*Este artigo foi incluído na edição 92 da Ambiente Magazine