O ano de 2015 e as temperaturas de janeiro e fevereiro deste ano bateram todos os recordes, anunciou hoje a Organização Meteorológica Mundial (OMM), avisando que as mudanças climáticas estão a avançar a uma velocidade “sem precedentes”.
De acordo com um comunicado do novo presidente da organização, Petteri Taalas, as mudanças climáticas nos primeiros dois meses deste ano elevaram-se a novos patamares, seguindo um ano de 2015 que já tinha “batido todos os recordes por uma ampla margem”.
“A alarmante taxa de mudanças a que estamos a assistir no nosso clima como resultado das emissões de gás com efeito de estufa não tem precedentes nos registos modernos”, acrescentou o responsável, que salientou que já no ano passado estas alterações tiveram como efeito um aumento do nível do aumento, uma diminuição do gelo nos oceanos e eventos meteorológicos extremos um pouco por todo o mundo.
A subida das temperaturas neste ano foram especialmente alarmantes, como um “estalo na cara”, disse o diretor do Programa de Pesquisa sobre o Clima Mundial, Dave Carlson, quando apresentava o relatório aos jornalistas, em Genebra. “Há uma tendência de aumento [das temperaturas] imparável”, vincou, acrescentando que “as chocantes altas temperaturas até agora, neste ano, mandaram ondas de choque para toda a comunidade científica que estuda o clima”.
Fevereiro foi o mês mais quente desde que há registos modernos, com uma temperatura média de 1,21 graus Celsius acima da média do século XX.
“O nosso planeta está a enviar uma mensagem poderosa aos líderes mundiais para que assinem e implementem o Acordo de Paris agora antes de passarmos o ponto de não retorno”, disse o responsável, vincando que “os planos e acordos nacionais que foram até agora adotados não são suficientes para impedir um aumento da temperatura de 03 graus”, o dobro do que foi acordado em Paris.