A mulher de Miguel Silvestre deu entrada de um projeto de investimento, no valor de 218.059,00 euros, como jovem agricultora, em 31 de maio de 2014, mas este só viria a ser aprovado em 17 de novembro de 2015, ou seja, quase um ano e meio depois. Passado esse tempo, o projeto receberia a aprovação para um apoio de 133,915,40 euros, mas ainda não foi pago.
De acordo com o Vida Económica, volvidas várias diligências, Rogério Ferreira, secretário técnico da Área de Acompanhamento Operacional do PDR 2020, prestou a esta jovem agricultora o seguinte esclarecimento: “no seguimento do seu pedido de informação a 17 de fevereiro dirigido ao Gabinete do Senhor Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, informamos que a autoridade de Gestão do PDR 2020 encontra-se a desenvolver todos os esforços no sentido de acelerar para o Organismo Pregador, IFAP, IP. Assim, e no processo de articulação que decorre entre os dois organismos estima-se que no decorrer deste mês (fevereiro/2016) e ou durante o mês de março o projeto possa ser enviado para efeitos de aceitação”.
Além deste, também existem outros casos idênticos, cujos projetos sofreram muito atraso na análise inicial e imensos atrasos também nos pagamentos.
Questionado, o gabinete do ministro Capoulas Santos começa por explicar que, “na gestão de um programa, a parte simples é a abertura de candidaturas”. No entanto, diz a mesma fonte, “importa garantir que todos os procedimentos e a infraestrutura logística que garante a análise, seleção, decisão e contratação são prévia e devidamente programados, desenvolvidos e executados”. Ora, diz o Ministério da Agricultura, “no caso do PDR 2020 isso não aconteceu, sendo que essa é a principal missão da estrutura de gestão do PDR”.