A Secil, grupo cimenteiro português detido integralmente pela Semapa, inaugurou ontem a sua nova fábrica de cimento localizada em Adrianópolis, no Paraná, no Brasil, consolidando, assim, o seu processo de internacionalização. O investimento atingiu os 800 milhões de reais, ou seja, cerca de 186 milhões de euros ao câmbio atual.
Com tecnologia de última geração e equipamentos de alto rendimento, a fábrica pode ser considerada “a mais moderna do Brasil e uma das mais avançadas do mundo em termos de tecnologia, inovação, qualidade do produto e sustentabilidade”, avança a empresa em comunicado. Com fornos de clinquerização de última geração, a nova unidade foi projetada e construída com layout compacto que favorece o aproveitamento energético de modo a produzir 1,8 milhões de toneladas de cimentos da “mais alta qualidade com reduzido impacto ambiental”.
A fábrica conta, ainda, com um sistema de gestão ambiental que ajuda a “reduzir a poluição, aumentar a segurança e contribuir para a sustentabilidade; opera com moinhos verticais de maior eficiência energética; reaproveita os resíduos de carvão mineral para a fabricação de cimento; reutiliza água de chuva para o arrefecimento de equipamentos e limpeza geral da fábrica”.
Pedro Queiroz Pereira, presidente do Conselho de Administração da Secil salientou que este investimento é “um passo importante na continuação da internacionalização da Secil”. “Estamos hoje presentes em cinco paises de quatro continentes e, a partir de hoje, com capacidade reforçada no mercado brasileiro. Temos aqui o mais avançado laboratório de controle de qualidade desta indústria no Brasil”, garantiu, ainda.
“Estamos a oferecer produtos da mais alta qualidade do mercado e elevamos o padrão de serviço, de forma consistente e sistemática. É desta forma que pretendemos continuar o crescimento neste mercado. A nossa aposta no Brasil é de longo prazo”, afirmou Gonçalo Salazar Leite, CEO da Secil.
A nova fábrica, que empregou 1500 trabalhadores durante a fase de construção e passa a gerar mais de 250 empregos diretos na sua operação, contou com o apoio do BNDES e do programa Paraná Competitivo.
A Secil iniciou a sua atividade no Brasil, em 2011, com a aquisição de uma participação na Supremo Cimentos, empresa fundada em 2003 em Pomerode, Santa Catarina, que produz cimento ensacado e a granel, além de operar centrais de betão na região Sul do Paraná e parte do Estado de São Paulo.