A ausência de um responsável do anterior Governo que tivesse sob a sua alçada a eliminação de amianto em edifícios públicos fez com que a Quercus pedisse a António Costa, há cerca de um mês, a nomeação de um interlocutor para a questão. Segundo o Jornal de Notícias, até ontem a associação ambiental não tinha obtido qualquer resposta.
Os funcionários iniciaram uma greve para alertar para a existência de amianto nas instalações e reclamar a transferência para outro edifício. Com um argumento pesado: em 41 trabalhadores, 18 estão doentes, alguns com problemas do foro oncológico e respiratório. O Instituto de Segurança Social diz só avançar para a transferência se as obras a realizar mão forem suficientes. Já a Câmara admite novas instalações.
Carmen Lima, do Centro de Informação de Resíduos da Quercus, garantiu que vai insistir com o Governo para a nomeação “de alguém que facilite as diligências”. A associação quis discutir o assunto com o anterior Executivo, mas não encontrou com quem fazê-lo. “Contactámos a Presidência do Concelho de Ministros, que sacudiu o assunto para o gabinete de Poiares Maduro, que entregou a cada ministério a responsabilidade de atuar sobre os seus edifícios. Há um medo generalizado na população”.