A produção de eletricidade renovável em 2018 atingiu 55,2% do total de eletricidade produzida, valor bastante acima dos 45,5% de 2017, avança em comunicado a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Este valor ficou a dever-se, em primeiro lugar ao aumento da produção hidroelétrica, 79% superior à do ano anterior, mas também ao aumento da potência instalada em renováveis, a qual aumentou em 220 MW face ao ano anterior.
Em 2018, o consumo de energia primária desceu 2,8% relativamente ao ano anterior, o que permitiu reduzir os consumos de carvão e gás natural para a produção de eletricidade em 20%, evitando o consumo de cerca de 1 milhão de toneladas equivalentes de petróleo (tep) de energia de origem fóssil. Inversamente, o consumo de energia final aumentou cerca de 1,4% relativamente a 2017. Este facto ficou à aviação, transportes marítimos e rodoviários.
A contabilização, este ano pela primeira vez, das bombas de calor renováveis permitiu que a fração de fontes de energia renovável no consumo final bruto de energia tivesse passado de 28,1% em 2017 (onde não estavam contabilizadas) para 29,2% em 2018, já muito próximo da meta prevista para 2020, de 31%.
Devido à redução do consumo do carvão e de gás natural na produção de eletricidade, houve uma diminuição da dependência energética em 1,9 pp (de 77,8%, em 2017, para 75,9%, em 2018).
Nos anos de 2019 e seguintes, fruto da entrada em exploração de capacidade renovável licenciada nos anos de 2016-8 e da realização dos leilões de solar fotovoltaico, a tendência positiva irá intensificar-se, consolidando, desse modo, a capacidade do país para cumprir as metas de 2020 – 60% de eletricidade a partir de fontes de energia renovável e 31% de renováveis no consumo final de energia final.