Abrem hoje e prolongam-se até 8 de abril as candidaturas ao Ponto Verde Open Innovation, uma iniciativa promovida pela Sociedade Ponto Verde e que se propõe a apoiar projetos de Investigação & Desenvolvimento (I&D), modelos e projetos de negócio impulsionadores e dinamizadores da economia circular. Esta iniciativa conta com apoio institucional do Ministério do Ambiente e será operacionalizada com o apoio de um conjunto de parceiros de relevo das mais diversas áreas, nomeadamente investigadores, investidores, associações setoriais, empresas e universidades, que poderão proporcionar diversos tipos de apoio, nomeadamente mentoring, incubação de empresas e financiamento.
“Estamos certos de que o Ponto Verde Open Innovation será um importante impulsionador do empreendedorismo nacional, da inovação e da investigação, ou seja, do setor económico, com impacto positivo também a nível social, na criação de empregos e no estímulo à formação. Por outro lado, acreditamos que contribuirá também para a redução dos impactos a nível ambiental, ao apoiar projetos de negócio impulsionadores da economia circular, por oposição a uma sociedade caraterizada pelo desperdício”, sublinhou Luís Veiga Martins, diretor geral da Sociedade Ponto Verde, no evento “Acelerar rumo à economia circular”, que teve lugar hoje, em Lisboa.
Na Europa, estima-se que atualmente mais de quatro milhões de pessoas trabalhem no setor das eco-indústrias. O mercado das tecnologias “verdes”, por sua vez, está avaliado em um trilião de euros e espera-se que duplique dentro de cinco anos.
“Acreditamos que Portugal também pode e deve beneficiar do potencial associado a esta mudança de paradigma económico, já que dispõe do conhecimento e dos recursos para o fazer”, acrescentou Luís Veiga Martins.
De acordo com o estudo “Contributos da Gestão de Resíduos Urbanos para o Desenvolvimento Socioeconómico e Ambiental de Portugal”, da autoria da consultora ambiental 3Drivers e do Instituto Superior Técnico, as atividades de gestão de resíduos urbanos têm um impacto económico direto de 357 milhões de euros, permitindo também a criação de mais de 15.000 postos de trabalho diretos e indiretos.
Não obstante, os dados disponíveis apontam para que apenas uma fração reduzida dos materiais constituintes dos produtos em fim de vida volte a ser reintroduzida na cadeia de produção, existindo um enorme potencial de aproveitamento nesta área. Neste sentido, a Sociedade Ponto Verde, que há quase 20 anos tem sido motor da reciclagem de resíduos de embalagem, entendeu apostar no reforço da sua missão e lançar esta iniciativa em conjunto com parceiros de relevo.