O vice-presidente da câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro, anunciou, no V Encontro Nacional de Gestão de Resíduos da Apemeta, que a autarquia vai instalar 130 eco-ilhas com contentores enterrados, o que resulta num total de cerca de 550 contentores. “Mais para a frente vamos abrir um segundo concurso onde queremos monitorizar o enchimento dos contentores e, com isso, pretendemos que as pessoas possam visualizar se os contentores estão cheios ou não. Através da nossa própria operação de higiene urbana vamos perceber e otimizar a recolha desses contentores, apostando, assim, mais na tecnologia”, informou Duarte Cordeiro. “Chegamos à conclusão que era mesmo necessária uma segunda rede de suporte, que já foi aprovada esta semana em reunião de câmara”, acrescentou.
Duarte Cordeiro, lembrou, ainda, que a capital portuguesa, contrariamente a outras cidades do país, adotou, em 2003, um sistema de recolha porta-a-porta, que tem trazido resultados “muito positivos” para o setor dos resíduos. “Desde que implementamos este sistema atingimos níveis de reciclagem muitíssimo elevados”, garantiu Duarte Cordeiro.
“Até 2018 vamos estender a recolha porta-a-porta a todas as zonas da cidade que são compatíveis com este sistema e a tendência será aumentar os nossos níveis de reciclagem”, anunciou, ainda.
Quanto ao futuro, o vice-presidente da autarquia de Lisboa lamentou que “do ponto de vista da tecnologia e dos sistemas inteligentes de gestão de resíduos, ainda estamos muito longe daquilo que se faz em qualquer outra cidade”. “Ainda há oportunidades muito grandes de se aumentar o nível de reciclagem”, frisou.
Duarte Cordeiro deixou, ainda, o desejo de Lisboa vir a evoluir mais no setor dos resíduos. “Se tivéssemos outro tipo de estrutura de suporte ao nosso sistema também teríamos taxas de reciclagem muito mais elevadas”. “Há muitas casas que, pela própria estrutura do edifício, não são compatíveis com a existência de três contentores e isso gere a não adesão das pessoas ao sistema ou um problema pelo facto das pessoas terem de passar a ter um sistema de sacos em vez de contentores o que nos trás imensos problemas do ponto de vista da comunidade e de sujidade. Se pudéssemos juntar a reciclagem do papel e do plástico com um sistema de triagem que pudesse fazer a separação nós gerávamos muito mais comodidade aos lisboetas , diminuíamos um contentor em cada casa e disparávamos a nossa taxa de reciclagem”, concluiu.