A primeira central eólica offshore em Portugal arranca em 2017. Depois do sucesso alcançado pelo projeto piloto, a segunda fase do projeto Windfloat deverá estar concluída daqui a dois anos. “Se tudo correr bem, este segundo projeto de 25 megawatts, no qual estamos a trabalhar com apoio comunitário, entra em exploração em 2017”, disse ao Jornal de Negócios o presidente da EDP Renováveis.
João Manso Neto sublinhou o sucesso já alcançado. “O projeto de dois megawatts provou que funciona, mesmo com mau tempo. Agora temos de ver se conseguimos tornar a tecnologia mais barata”, disse. O gestor sublinhou, ainda, que esta tecnologia “não é tanto para Portugal”, mas que pode vir a ser “importante para a exportação, para outros países que tenham também profundidades no mar muito elevadas”.
A EDP Renováveis adquiriu recentemente uma licença para construir uma central solar no Alentejo, que além de produzir energia para vender, vai também servir para a EDP Renováveis e EDP Inovação testarem uma nova tecnologia. “O que este projeto tem de interessante é que 2,9 megawatts vão ser convencionais, mas 100 kilowatts vão ser um projeto de investigação e de desenvolvimento em solar mais concentrado”, explicou.
Dos nove gigawatts de potência instalada pela EDP Renováveis em 12 países, a grande maioria é energia eólica, com apenas 82 MW a pertencerem a energia solar.
Manso Neto acredita que o futuro da energética vai passar cada vez mais pelo sol. “Temos que encontrar um modelo de negócio que nos permita fazer dinheiro. Agora que o solar vai ter cada vez mais importância, é claro que sim”.