A italiana Eni vai colaborar com a estatal angolana Sonangol no desenvolvimento de produção de gás e na construção da refinaria do Lobito, em Angola, anunciaram as duas petrolíferas em comunicados enviados à Lusa. A informação resulta do acordo rubricado hoje em Roma entre o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria, e o administrador-executivo da Eni, Cláudio Descalzi, para “um novo reforço da parceria estratégica e operacional entre as duas empresas”.
Para a Sonangol, o encontro serviu para abordar também a produção de gás natural, “com a confirmação do compromisso de se prosseguir com as atividades de valorização do gás doméstico, que será produzido por ambas as empresas, em parceria, visando a promoção do acesso à energia e o apoio à economia”.
As duas petrolíferas deverão concluir, nos próximos meses, a avaliação de projetos de desenvolvimento de campos de gás, na Bacia do Congo, destinados à geração de energia elétrica no país, estimados num potencial de até 1,5 GigaWatt (GW).
“Consolidou igualmente a relação das duas empresas, que vão colaborar no desenvolvimento da refinaria do Lobito, no âmbito da intenção de que Angola se torne independente no aprovisionamento de gás e petróleo”, explica a Sonangol, sobre um projeto com inauguração anunciada para 2017. A mesma informação foi confirmada, em comunicado enviado à Lusa, em Luanda, pela petrolífera italiana.
Presente em Angola desde 1980, a Eni garante a produção diária, no país, de 105.000 barris de crude, estando ainda envolvida em projetos em fase de desenvolvimento no ‘offshore’ angolano.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, tendo atingido no segundo semestre deste ano a marca dos 1,8 milhões de barris por dia.