O Politécnico de Leiria, a Força Aérea e a PRIO acabam de celebrar um protocolo de colaboração, no âmbito de um projeto de carácter inovador, que consiste na viabilidade da utilização do biocombustível de última geração, ZeroDiesel, produzido a partir de óleos alimentares usados, numa gama alargada de viaturas e equipamentos de suporte terrestre (Ground Support Equipment – GSE) de tipologia e uso militar da Base Aérea N.º 5 (BA5), em Monte Real.
A prova de conceito foca-se na “avaliação do potencial ambiental da utilização de biocombustíveis de última geração no domínio da Defesa”, ao mesmo tempo que permite ao Politécnico de Leiria reforçar as competências em projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D&I) e experimentação, bem como no reforço do conhecimento sobre biocombustíveis existentes ou em desenvolvimento, promovendo a concretização das metas ambientais estabelecidas por Portugal, nomeadamente na redução das emissões de CO2, pode ler-se num comunicado.
“Este é mais um serviço de I&D do Politécnico de Leiria com duas entidades fundamentais e que temos vindo a colaborar de forma sistemática, a PRIO e a BA5, e que reconhece a nossa elevada qualidade na área da engenharia”, declara Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, citado no mesmo comunicado.
Enquanto prova de conceito, enquadrada no âmbito de uma iniciativa de I&D&I, não estão previstos custos a suportar pela Força Aérea, nem quaisquer contrapartidas financeiras.
De acordo com o protocolo, a prova de conceito de utilização de ZeroDiesel numa amostra de viaturas e GSE da BA5 conta com três fases, consistindo a primeira numa análise da compatibilidade da frota e GSE para determinar a amostra de viaturas e equipamentos que farão parte da avaliação. Nesta primeira fase, de modo a garantir a maior transversalidade da avaliação, serão identificados viaturas e equipamentos representativos do respetivo universo na BA5, tendo como consideração os níveis de consumo, período de operação e potencial de emissão de gases de efeito de estufa, refere o Politécnico de Leiria.
Segue-se a elaboração de uma Matriz de Risco onde serão avaliados os parâmetros requeridos para garantir a viabilidade técnica do abastecimento com ZeroDiesel, estando esta análise a cargo do Departamento de Engenharia Mecânica da ESTG do Politécnico de Leiria e da PRIO.
De acordo com o Politécnico, a segunda fase trata-se da execução da prova de conceito, durante seis meses, em que o ZeroDiesel será usado para abastecimento das viaturas e GSE identificados. Durante este período, o Politécnico de Leiria efetuará a monitorização dos resultados, em termos de emissões de gases de efeito de estufa, resposta mecânica e de consumos.
Por fim, na terceira fase, serão avaliados os resultados finais para determinar o impacto ambiental, técnico e económico, estando o Politécnico de Leiria responsável pela submissão do Relatório Final à PRIO e à BA5.
📸 Paulo Carvalho_Luís Serrano_Rui Pedrosa_Coronel João Vicente_Carlos Baptista