As metas nacionais de redução das emissões de gases com efeito de estufa propostas pelos vários países na preparação para a Cimeira do Clima de Paris ainda não são suficientes para limitar a subida da temperatura global a 2 graus celsius até 2100, noticia o The Guardian.
Análises de especialistas às propostas, de 149 Estados, ao combate às alterações climáticas indicam que se ficará “aquém daquilo que é necessário para que a temperatura média global não ultrapasse o limiar de segurança que permitirá evitar danos graves nos ecossistemas com implicações para a vida na Terra, incluindo o Homem”.
De acordo com a análise do Grantham Research Institute, divulgada na passada sexta-feira, os contributos dos quase 150 países responsáveis por 90% das emissões a nível global, representarão uma redução destas na ordem das 12-13 gigatoneladas, o que corresponde a cerca de metade do que será provavelmente necessário.
O estudo conclui que as emissões evitadas não serão suficientes para compensar o aumento associado à industrialização dos países em desenvolvimento, estimando-se que, apesar dos esforços dos 149 países, as emissões globais passarão das atuais 50 mil milhões de toneladas para 55-60 mil milhões de toneladas até 2030.
Torna-se, assim, essencial intensificar as negociações que culminarão na conferência de Paris, com início a 30 de novembro, para que seja produzido um “acordo forte”, que permita atingir o objetivo global de limitar o aquecimento do planeta, obrigando os países a rever, “com maior grau de ambição”, as suas metas de redução das emissões.