Entre participantes e expositores, foram registados, na edição 2021 do ENEG, 988 credenciados: “É seguramente o maior ENEG de sempre”. Rui Godinho, presidente do Conselho Diretivo da APDA, que falou, esta quinta-feira, 25 de novembro, na sessão de encerramento do ENEG (Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento) demonstrou ser uma decisão “correta e totalmente conseguida” a realização do encontro.
Rui Godinho espera que a “riqueza dos debates, das 220 comunicações livres, das propostas futuras de medidas e soluções” alimentem, agora, a “definição de políticas públicas necessárias que respondam ao conjunto de dificuldades que o setor atravessa”, particularmente os “défices estruturais e algumas insustentabilidades e falta de carência ou resiliência” verificadas em muitos serviços de água e saneamento. E o “caráter dual de um setor tão estratégico, onde dois terços das entidades gestoras têm menos de dez mil clientes, é um problema” que decorre de muitos outros que foram tratados nos debates, mesa redondas e comunicações, refere.
“Sem água, não há desenvolvimento”, reitera o presidente da APDA, chamando atenção para os “serviços de água que não cubram com prioridade adequada todo o território”, o país continuará num capítulo de círculo urbano da água em duas velocidades, ampliando-se tais dificuldades com a “emergência climática” e com a “crise sanitária”. A isto, acresce que os recursos e serviços de água são um elemento fundamental num país que “carece de graves distorções” de ocupação do território e desenvolvimento: “Neste aspeto, a água é um fator de desenvolvimento fundamental”, alerta.
Rui Godinho deixou ainda a mensagem de que todas as conclusões saídas deste ENEG 2021 serão, posteriormente, enviadas para o Ministério do Ambiente e publicadas no website da APDA.
Oficialmente, o ENEG 2021 termina esta sexta-feira, dia 26 de novembro, com o dia dedicado a visitas técnicas. O Tivoli Marina Vilamoura – Centro de Congressos do Algarve foi palco desta edição.