O mais recente balanço do derrame de petróleo em Cacongo, no enclave angolano de Cabinda, aponta para cerca de 500 pescadores locais afetados e 150 redes de pesca destruídas, além da ameaça ambiental que persiste. De acordo com fonte da secretaria provincial do Ambiente citada hoje pela imprensa de Cabinda, o derrame terá acontecido a 16 de setembro, desconhecendo-se oficialmente a sua origem, estando a operação de limpeza a cargo da petrolífera norte-americana Chevron.
Ainda assim, a mesma fonte aponta a necessidade de realização de intervenções de limpeza “mais científicas” e aprofundadas, nomeadamente pela ameaça que o derrame e as manchas ainda representam para uma zona de mangais e para uma parte da lagoa de Massabi.
A associação Voz do Pescador de Cacongo, que nos últimos anos tem denunciado vários derrames de petróleo no mar de Cabinda, já exigiu o pagamento de indemnizações por parte da Chevron, operadora de um bloco petrolífero naquela área, pelos prejuízos causados nas redes e tendo em conta a paralisação da atividade, que se prolongará ainda por algumas semanas.
Este foi o segundo derrame de crude conhecido em Cabinda no espaço de um mês, sendo este enclave responsável pela maior parte da produção angolana de petróleo.