“Eficiente!”. É numa palavra que o presidente do Conselho de Administração da Plainwater Serviços SGPS e presidente da Águas de Barcelos, Águas de Paços de Ferreira e Águas do Marco, Luís Vasconcellos, resume a intervenção do Grupo na temática Concessão de Águas.
Enquanto prestadora de serviços ao setor da água, a qualidade é uma questão central: “Em Portugal, a água é segura”, afirma Luís Vasconcellos. Aliás, devido a essa excelente qualidade, a Águas de Barcelos (AdB) e a Águas de Paços de Ferreira (AdPF) foram distinguidas novamente em 2019 com o selo de “qualidade exemplar da água para consumo humano”. Mas, tão importante como a qualidade da água, é também continuar a aposta num “serviço de qualidade”.
Na ótica do responsável, não existem privatizações, mas antes “contratos de exploração e construção por um período de tempo definido”: “Tratam-se de contratos que foram objeto de escrutínio onde as Câmaras (concedentes) definiram as regras. Estes contratos foram validados pelo Tribunal de Contas e são auditados anualmente pelo regulador. Não sei como pode existir maior transparência”.
Relativamente ao preço da água, muitas vezes alvo de comparações entre municípios, Luís Vasconcellos defende que o valor a cobrar deve incluir o custo da água, manutenção, investimento, remodelação, renda ou contrapartida paga às câmaras e o rendimento da atividade: “Esta é a fórmula que todos os operadores utilizam, sejam eles privados, públicos, municipais, agregações ou outros que venham a inventar”. O problema é como se cobra esse custo: “As concessões só têm uma forma de cobrar, que é através do tarifário aplicado aos utentes e utilizadores do serviço. Já as restantes, para além dos tarifários, têm os impostos diretos e indiretos e subsídios para cobrir as diferenças entre o custo e o tarifário”. É muito fácil dizer que as concessões têm o tarifário ao utente mais alto que as restantes. “Não sou contra a subsidiação direta ou indireta: sou contra a não informação dessa subsidiação e que a mesma seja incluída aquando da comparação”.
A seca é um outro tema em que Luís Vasconcellos reconhece haver uma maior preocupação e uma consente nas ações de sensibilização: “Passou a ser uma obrigação de todos!”, justifica, acrescentando que, no capítulo das perdas, o resultado tem sido excecional. “A Águas de Paços de Ferreira é das entidades gestoras mais eficientes do país no combate ao desperdício”, sustenta, sublinhando que a entidade “ocupou a 12.ª posição em 2017, entre as 256 entidades gestoras do serviço público de abastecimento”, nada atrás da Água de Barcelos, que “ocupou a vigésima posição. Só posso dar os parabéns à equipa, ao grupo e à população destes dois concelhos que nos ajudam a conseguir estes números”.
Os Projetos Educativos do Grupo são levados a cabo, essencialmente, nas três concessionárias: “São um orgulho, mas, simultaneamente, uma responsabilidade”. O responsável destacou o Concurso de Poesia “Falar de Água com Amor”, que assinala o dia de S. Valentim e que fomenta a escrita e a leitura; e os projetos “Água Segura” e “Uso Sustentável da Água” que promovem comportamentos assertivos relativos ao uso da água. A participação tem crescido em todos os projetos educativos. E mesmo com a situação pandémica, encontraram-se soluções para manter a atividade.